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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Justiça e Paz

 

 

Passaram dezassete anos, no dia 1 de novembro, desde que D. António Marcelino instituiu a Comissão Diocesana.

Num tempo em que pululam crispação e invertebralidade patrocinada por reflexão e agitação de algo próximo de “new age de Illuminati”, recordamos a visão do Bispo de Aveiro com saudosa memória.

Tanto feito não pode ser lavado nas primeiras águas de uma chuva miúda. E ao entrar na maior idade, faz-se notar que o horizonte de ontem ainda permanece bem aberto:

“A constituição da Comissão Diocesana Justiça e Paz é um projeto com muitos anos que só agora se concretiza. Foi, por fim, uma decisão do Sínodo Diocesano e não podíamos retardar mais a sua execução.

Surge em boa hora, quando se comemoram os cinquenta anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Ela vai ter nesta Declaração um estímulo e uma inspiração.

A evolução da sociedade aveirense, com os normais problemas sociais e humanos, requer uma atenção especial por parte da Igreja Diocesana.

Temos a convicção de que o encontro da Igreja com a sociedade, com a cultura, com a tecnologia, com qualquer atividade humana organizada, se faz no homem ou na pessoa concreta. Respeitando sempre a autonomia das diversas instâncias sociais, sentimos o dever de estar presentes com aquilo que hoje nos é específico, onde se joga a vida das pessoas, onde se luta pela dignidade humana e pelos valores fundamentais.

A Comissão Diocesana Justiça e Paz, com as suas atribuições e composição pode e deve ser uma presença atenta, um espaço de reflexão séria, uma chamada de atenção oportuna, uma voz respeitosa de denúncia, sempre que estão em causa valores humanos e sociais a apoiar, a estimular, a defender e iniciativas a propor e a acompanhar.

Ao apresentar a Comissão quero sublinhar dois aspetos importantes: a sua dimensão eclesial, pela estreita ligação ao Bispo da Diocese e à sua missão pastoral, e a sua estrutura laical, pela sua presidência, composição e campo de atuação. Dois aspetos complementares que a enriquecem e valorizam a sua ação, tendo em vista a fidelidade que norteia e a autonomia de que dispõe.

Aprovo os Estatutos da Comissão Diocesana Justiça e Paz, elaborados por um grupo que fez uma longa caminhada de reflexão, e quero deixar, desde já, uma palavra de estímulo e gratidão a todos quantos a venham a constituir, fazendo dela um meio útil à missão da Igreja, no seu serviço às pessoas e à comunidade humana aveirense.”

(in Correio do Vouga, 2015.11.04)

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