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EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A 2015!

 
Os tempos de perturbação generalizada com que encerramos o pretérito não auguram notáveis avanços de expectativa para 2015. Aceita-se, por isso mas com particular solidariedade, que haja um determinado (com alguma generosidade na observação!), isto é, um alargado espectro de pessimismo em cada pessoa a quem é pedida a opinião.
É constrangedor notar, para além das palavras, o olhar triste de quem se sente impotente para mudar o que quer que seja, tanto em coisas de relativa importância, coisas de somenos, como por exemplo o local onde é festejada a passagem de ano, como em coisas essenciais para uma vida com dignidade subalternizada ao altruísmo paterno/materno de prescindir de tudo para dar o mínimo aos filhos. A consternação sobre o sentimento que é emanado chega ao ponto de já nem serem relevantes os momentos, ritos e rituais de renovação, no caso do ciclo da vida, a passagem de ano.
Com janeiro, o Januarius em homenagem ao deus Jano, deus de duas faces, senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão, o nome deriva de “ianitor” que quer dizer porteiro, aquele que comanda as portas dos ciclos de tempo, abre-se um novo ciclo na cronologia dos tempos e é bastante expressivo, no ser humano, a abertura de si mesmo, a abertura aos outros, independentemente das configurações e disposição. Não havendo vontade de abertura à vida há indícios de que algo já está morto!
As Nações Unidas interpelam o mundo para o ano internacional da luz para celebrar a luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico. Em 2015, completam-se 100 anos da teoria da relatividade geral, de Albert Einstein. E os 110 anos da explicação do efeito fotelétrico, também de Einstein e que lhe valeu o Nobel da Física de 1921, anunciado no ano seguinte (neste efeito, um fotão – uma partícula de luz –, ao incidir sobre certos metais, arranca eletrões que aí se encontram). Outra data, entre outras: em 2015 comemoram-se os 50 anos da descoberta da radiação cósmica de fundo, a radiação emitida no Big Bang (ocorrido há 13.800 milhões de anos) e que banha todo o Universo. Por esta descoberta, os norte-americanos Arno Penzias e Robert Wilson ganharam o Nobel da Física em 1978. Também, entre os organismos das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, Food and Agriculture Organization) propõe a implementação do Dia Internacional dos Solos (5 de dezembro) e em 2015 o Ano Internacional dos Solos para promover um aliança mundial consciencializadora da importância destes para a subsistência e segurança alimentar.
E 2015 será também o ano europeu para o desenvolvimento: o nosso mundo, a nossa dignidade, o nosso futuro. Uma oportunidade para sensibilizar os cidadãos europeus para as políticas de desenvolvimento da União Europeia e para o seu papel enquanto um dos principais agentes mundiais na luta contra a pobreza.
Partimos animados e crentes na interpelação do Papa Francisco. Cada um, segundo a respetiva missão e responsabilidades particulares, realizará gestos de fraternidade a bem de quantos são mantidos em estado de servidão. Enquanto comunidade e indivíduo, temos de nos sentir interpelados quando, na vida quotidiana, nos encontramos ou lidamos com pessoas vítimas de escravidão de qualquer natureza, quando temos de comprar, se escolhemos produtos que poderiam razoavelmente resultar da exploração de outras pessoas. Não podemos por indiferença, porque distraídos com as preocupações diárias, ou por razões económicas, fechar os olhos.
Venha 2015! Um ano também de confiança!






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