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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Liberdade, razão, belicosidade

 
A liberdade conquista-se pela força – recorrendo novamente a Maquiavel -, pela força dos argumentos ou pela força das armas!
Estamos a viver um tempo em que os argumentos são violentos, belicosos, armas letais, arremessados, rebatidos, assassinados “sem dó nem piedade” – salvaguarda-se já que “dó” e “piedade” são usados como metáfora. Dada a violência puritana no léxico moderno, qualquer palavra pode ser usada contra quem a profere passando o emissor a ser um crápula retrógrado, um ser bafiento, desprezível, opositor do avança civilizacional – seja lá isso o que for!
Adiciona-se, a este descarado turbilhão de verborreia, os meios disponíveis e a penumbra de um apelido (nickname!), qual máscara de um elmo protetor, que as ferramentas de comunicação proporcionam na sua riqueza de diversidade!
A educação da razão é cada vez mais esparta – à semelhança de Esparta. Esparta, Cidade-Estado, tinha como principal característica um Estado oligárquico e militarista, em que os principais objetivos projetavam fazer dos seus cidadãos modelos de soldados, fortes, corajosos, bem treinados e obediente as autoridades.
A educação espartana estava voltada para o caráter militarista, sendo a criança, desde pequena, preparada para ser soldado.
Começava por ser observada por um grupo de anciãos quanto à robustez física, para não possuir problemas de saúde e ter boa estampa física. Até aos sete anos de idade ainda ficava à guarda da mãe mas, após esse tempo, o responsável pela criança era o próprio estado.
Depois, aos sete anos, “entrava” para o exército, onde permaneceria até aos dezanove anos, onde recebia, nesta fase, alguns ensinamentos para que conhecesse a dinâmica do estado Espartano e principalmente as tradições de seu povo. Aos dezanove anos passava para o treino militar contínuo.
Aprendiam a combater com eficácia, eram testados fisicamente, resistência física e psicológica, sobrevivência em condições extremas e diversas, e principalmente aprendiam a obedecer aos seus superiores.
Perante a força dos argumentos que diariamente são apresentados, estamos em crer que está em marcha a mudança do sentido da força, da razão para a belicosidade da razão. Tudo, claro, em nome da liberdade! Liberdade de quem?!
Este valor absoluto não pode ser individualizado, privatizado, monopolizado, ou pode?









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