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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Perigosas proximidades

 
É notícia da semana. E como temos prestado alguma atenção ao assunto, anualmente voltamos a ele. Portugal manteve, em 2013, o 33.º lugar no Índice de Perceção da Corrupção da organização Transparência Internacional, mas perdeu pontuação numa lista que este ano inclui mais um país do que em 2012.
Para elaborar o índice, empresários e analistas de diversos países são convidados a dar a sua opinião sobre o grau de corrupção em cada país. Assim, o índice não mede objetivamente a corrupção, mas sim como o conjunto da sociedade percebe subjetivamente a corrupção em cada país.
No "ranking" divulgado na terça feira, dia 3 de dezembro, Portugal apresenta uma classificação de 62 pontos (63 no ano passado), numa escala de zero a cem, que vai de muito corrupto (zero) a livre de corrupção (cem).
Na mesma posição de Portugal encontram-se Porto Rico e São Vicente e Granadinas (um pequeno país das Caraíbas localizado nas Pequenas Antilhas).
Mais de dois terços dos 177 países incluídos no "ranking" obtiveram uma pontuação inferior a 50, assinala a Transparência Internacional.
Numa análise aos países da União Europeia (UE), Portugal surge este ano em 14.º lugar (15.º, no ano passado), acima da Polónia, Espanha, Itália, Grécia e da maioria dos países de leste.
O conjunto dos países da UE e Europa Ocidental é liderada pela Dinamarca (91 pontos em 100 possíveis), seguindo-se a Finlândia e a Suécia (com 89 pontos), enquanto o último lugar é ocupado pela Grécia (40 pontos).
O índice revela ainda que 23 por cento dos 32 países da União Europeia e da Europa Ocidental, obtiveram pontuação abaixo de 50.
Entre os 177 países classificados, a Dinamarca e a Nova Zelândia ocupam o 1.º lugar, com 91 pontos, enquanto a Somália, o Afeganistão e a Coreia do Norte são os piores da lista com apenas oito pontos, em cem possíveis.
Dos 177 países incluídos na lista, dois não forneceram informação.
O Índice de Perceção da Corrupção é composto por índices de corrupção de entidades internacionais consideradas credíveis, como o Banco Mundial.
Numa primeira análise, com a nossa tradicional magnanimidade, poder-se-á dizer “não está mal”. No entanto, aprofundando a questão, considerando o impacto na vida interna do país, a dimensão do territorial, a credibilidade, os nossos índices de produção, a considerável supervisão externa, é preocupante.
Continuamos enraizados em lógicas de favorecimento, de proximidade, de “desenrascanço” que impedem a implementação de fatores determinantes para o desenvolvimento do país como são o mérito, a justiça, a igualdade, a equidade.
(in “Correio do Vouga”, 2013.12.04)













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