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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Todos seríamos poucos

 

No ano passado realizaram-se em Portugal 18 408 interrupções voluntárias da gravidez. De acordo com os dados da Direção Geral da Saúde, publicados esta segunda-feira, em comparação com 2011 houve uma descida de 7,6% de abortos (menos 1513).

A natalidade em Portugal está baixíssima! Mesmo com as crianças que ficaram por nascer vivas, o equilíbrio dos ratios fatores geracionais era insuficiente!

A economia, o Estado Social, na sua matriz genuína de solidariedade inter-geracional, demorará meio século a ser encontrado.

Quando nos preocupamos com o futuro é aqui que também devemos centrar a nossa atenção, na vida, nas consequências reais da vida e da falta dela.

A larga maioria das situações de interrupção da gravidez (IG) aconteceu por decisão da mulher. A lei permite a IG até às dez semanas. Com a devida vénia ao tratamento dado pelo Diário de Notícias, a descida que refere o relatório espelha o decréscimo de abortos realizados em mulheres mais jovens. " A IG em mulheres com menos de 20 anos mantém uma tendência decrescente (11,7% em 2011 e 11,2% em 2012) à custa da diminuição de casos observados nos dois grupos, 15-19 anos e menores de 15 anos", aponta o documento. Já 63,9% das interrupções foram feitas por mulheres entre os 20 e os 34 anos.

No ano passado, mais de metade (51,5%) das mulheres que efetuaram uma IG até às 10 semanas de gestação, por opção própria, disseram ter um a dois filhos e 40% não tinham filhos. "Estes dados são muito semelhantes aos verificados em 2010 e também em 2011. Entre as mulheres que efetuaram uma IG em 2012, 73,9% nunca tinham realizado anteriormente uma interrupção, 20,4 % realizaram uma, 4,3 % tinham realizado duas e 1,5% já tinham realizado três ou mais no decorrer da sua idade fértil (independentemente da data de realização)", refere o relatório. Entre as interrupções realizadas durante 2012, 306 (1,7%) ocorreram em mulheres que já tinham realizado um aborto nesse ano.

A grande maioria (69%) das intervenções foram realizadas em unidades do Serviço Nacional de Saúde, "o que constitui um aumento de 1,8% em relação a 2011".

De acordo com o documento da Direção Geral da Saúde, das interrupções realizadas no SNS 49,3% decorrem por iniciativa própria das mulheres a uma unidade hospitalar, 36,8% foram encaminhadas por um centro de saúde" e 6,3% por outras unidades hospitalares públicas. "Ou seja, em relação a 2011 aumentou o número de mulheres que recorreram à consulta de IG por iniciativa própria e diminuiu a referenciação prévia dos cuidados de saúde primários".

Já no que diz respeito às unidades privadas, 52,4% das mulheres foram encaminhadas por unidades hospitalares públicas, 26% a partir dos cuidados de saúde primários e 20,2% procurou estas unidades por iniciativa própria e não ao abrigo de encaminhamento do SNS.

É urgente ser mais!

(in Correio do Vouga, 2013.05.15)

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