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terça-feira, 7 de maio de 2013

Literacia digital

 

É noticiado na nossa região a formação para o uso crítico e esclarecido dos meios de comunicação, quer dos tradicionais quer dos que resultam das novas tecnologias. Depois de garantir o acesso praticamente livre e universal às novas tecnologias, às redes mundiais, tornou-se uma preocupação (ou pos-ocupação?!) explorar um novo conceito, um imperativo de cidadania, como é designado, a exploração e uso das ferramentas e conteúdos digitais. Surge, assim, o Grupo Informal sobre Literacia Mediática - GILM, constituído pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, Comissão Nacional da UNESCO, Conselho Nacional de Educação, Entidade Reguladora para a Comunicação Social e Gabinete para os Meios de Comunicação Social.

Trazer para a agenda pública esta dimensão da formação dos cidadãos, promovendo a consequente definição e aplicação de políticas coerentes de literacia e educação para os media é o objetivo partilhado por várias instituições para aprofundamento de conhecimentos e para o debate sobre as múltiplas questões que integram a aldeia global sobre o “pensar e agir digital”.

Com tantos assuntos pertinentes, trazemos este para assunto deste apontamento porque é da mais elementar justiça realçar o trabalho que as escolas já fizeram antes deste (meritório) movimento.

Ainda a internet não era “net”, blogue, rede social, e as escolas ensinavam o seu uso numa luta de David contra Golias! As empresas envolvidas na exploração dos conteúdos digitais fizeram tudo para vender os seus produtos, raramente manifestaram preocupação, sim, “pre-ocupação” (prevenir antes de agir a qualquer preço), para que as gerações mais suscitáveis de assimilarem o digital, como espaço de vida concreta, também denominada, menos bem, como vida real, “cavalgassem” na ilusão e no acessório.

Agora, e por isto mesmo, tardiamente, aí vêm as “trancas à porta”! Espera-se que seja pelo menos autêntica esta mobilização de vontades e não mais um meio para conquistar novos mercados.

O marketing comercial tem várias faces!

(in Correio do Vouga, 2013.05.08)

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