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EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Refolho


Há quem lhe chame hipocrisia, fingimento.
A situação, que propomos abordar, apresenta tal dislate que é muito provável poder ser retratada por todos os conceitos e adjetivações.
Vamos abordar, apenas, algumas matérias sobre educação. Uma pequena nota, simbólica, porventura.
Nos últimos tempos, conseguiu-se passar uma mensagem que embaceia a realidade, distorcendo-a, reorientando-a para outros domínios e ideologias, no caso mais neoliberais.
O sistema educativo tem algumas referências, pilares de organização educativa; um desses esteios é o regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas. É dele que deverão remanescer todas as estruturas. Acontece que se iniciou um longo debate sobre o mesmo, introduzindo-se calendários, movimentos, critérios, estruturas, dinâmicas que, supostamente, deveriam ser aplicadas apenas depois do documento ser aprovado e ratificado e publicado. Nada disso! Estamos a trabalhar sobre um normativo que já não é, porque outro já é sem o ser, mas ainda não se sabe o que é porque não existe enquanto não é!
Difícil de entender?! Imagine-se a aplicação, a prática.
Outro aspeto, que também parte do mesmo tratado, sobre a organização, tem a ver com as agregações de escolas.
A agregação é juntar, sob a mesma administração e gestão, uma quantidade de estabelecimentos de ensino que, por razões diversas, o deverão fazer. As causas são públicas, e publicadas depois de se ter iniciado institucionalmente o processo, e carecem de muito aprofundamento, desde logo objetividade, fundamentação: qual a percentagem de unidades de gestão que se querem reduzir? Quanto se gasta (atualmente) e poupará efetivamente (por aluno, por turma, por disciplina)? - não basta indicar números assombrosos e estarrecedores para chocar a opinião menos esclarecida - Quais estudos, e resultados dos mesmos, que comprovam ser válida a hipótese de ser vantajoso para o ensino os alunos fazerem um percurso escolar até aos 18 anos, ou seja, de praticamente 18 anos, sob o mesmo projeto educativo? Quais os contributos (ou falta deles?!) que determinaram não ser acertada a presença da comunidade escolar no Conselho Pedagógico? Que resultados se verificaram, ao nível de direção estratégica (Conselho Geral) para que as suas competências sejam reconhecidas e assertivas? Que formação foi desencadeada para que os membros de um e outro órgão da escola estejam habilitados para a função?
E a agregação é mesmo para todos?! Está à vontade do “freguês”? Quem não quer não agrega? Quem não demonstra estar habilitado para formalizar uma proposta também pode ficar de fora? Os critérios, tão enfatizados para se fazer, deixam de ser importantes pela lei dos contrários? Será que também aqui os pobres e cumpridores é que pagarão a crise?!
E, para concluir este breve assomo, ainda falta saber, às famílias, aos alunos, às autarquias, aos órgãos das escolas, quando sairão os critérios para a reforma da rede escolar.
Também não está esclarecido porque é que os órgãos das escolas, desde há uns anos a esta parte, não conseguem terminar os seus mandatos! Não seria possível, aos órgãos vigentes, fazerem as transições (necessárias ou não, mas quem está para governar deve fazê-lo!) sem com isso haver mais encargos para o erário público e confusão?
E a carreira de diretor de escola, prometida em campanha, já está em vigor?
O que se sabe é que todos percebem muito da poda (da arte) antes dela começar!
Como diz um dito, que nem ditado será?!, estão quase validados, “a fazer escola”, os momentos em que se mentem mais na vida são: depois da caça, durante a guerra, antes das eleições!












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