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terça-feira, 12 de junho de 2012

Jogar como nunca, perder como sempre

 
Em pleno Europeu de futebol (Polónia/Ucrânia 2012) a expressão do selecionador da equipa nacional de Portugal, após a derrota com a Alemanha, por 1-0, resume um certo estado de espírito que poderia ser de um clássico, dos anais da humanidade, por exemplo a Batalha da Floresta de Teutoburgo, também chamada de Desastre de Varo, em que, durante o outono de 9 d. C., perto de Bramsche, uma aliança de tribos germânicas chefiada por Armínio, da tribo dos queruscos, emboscou e dizimou três legiões romanas, lideradas por Públio Quintílio Varo, que o consideravam até então como aliado. Em consequência da batalha estabeleceu-se o Rio Reno como fronteira do Império Romano pelos séculos seguintes, fato que foi estabelecendo um distanciamento entre as culturas romanas e germânica e o declínio da influência romana no Ocidente.
Foi assim no passado e continuará a perdurar. Até quando?!
Agora os Germanos também dominam a Banca. Outra batalha para ser travada.
A Espanha, aparentemente, consegue resultados mais favoráveis (tem uma extensão maior?!), os povos do sul, os mais pobres, também nos exércitos de outra como agora, a base da sua sustentabilidade e recrutamento é entre os mais pobres, têm de procurar outras formas de renegociar. Continuam a trabalhar, a lutar como nunca e a perder como sempre!
Em vez de fomentar o desenvolvimento sustentável das capacidades dos europeus para romper com a crise, há como que uma espécie de aura que eterniza muitos com pouco ou nada, com toda a certeza para garantir que muito fique para poucos!
Veja-se nos campos, onde verdadeiramente é jogado o futuro das pessoas:
Os bancos estão a apertar cada vez mais a torneira do crédito à economia. Em abril, as instituições financeiras emprestaram apenas 4,3 mil milhões de euros, menos 604 milhões de euros, ou menos 12,3% que no mesmo mês do ano passado, revelam dados do Banco de Portugal, conhecidos esta segunda-feira.
Quando comparado com o mês anterior, o financiamento à economia encolheu 1,48 mil milhões, ou 25,6%.
As empresas absorveram mais de 86% do crédito concedido, o equivalente a 3,76 mil milhões de euros. Mesmo assim, só os grandes empréstimos às empresas (mais de um milhão de euros) aumentaram 5% face ao homólogo, para 2,24 mil milhões de euros.
Já os empréstimos às pequenas e médias empresas (PME) caíram 12,69% para 1,52 mil milhões de euros.
Também o crédito concedido às famílias caiu e representa agora apenas 13% do total. Uma das maiores quebras registadas no crédito a particulares foi na habitação: apenas 156 milhões, ou seja, menos 67% que no homólogo e menos 17% que em Março.
O crédito ao consumo também baixou 38% para 149 milhões de euros, tal como os empréstimos para outros fins: menos 23% para 258 milhões de euros.
Estes bancos estão loucos!
(in Correio do Vouga, 2012.06.13)













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