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terça-feira, 1 de maio de 2012

A construção humana

 

É importante, quando passam dias-efeméride, como o dia 1 de maio, dia do trabalhador, mergulhar um pouco na causa das coisas, na génese da proclamação do dia internacional da reivindicação das condições laborais. Não queremos ir muito além neste assunto, até porque várias vezes já o aludimos. Porém, temos interesse, numa época em que é necessária, como nunca, a reivindicação, nesta época, portanto, e faltam meios e motivação para ela.

A construção humana pode ser, como organismo vivo, a aplicação concreta da fórmula que a física universalizou: é a medida da energia transferida pela aplicação de uma força ao longo de um deslocamento. Dos primórdios da Humanidade até aos nossos dias o conceito sofreu alterações de sentido, preenchendo páginas da história com novos domínios e novos valores. Do Egito à Grécia e ao Império Romano, atravessando a Idade Média e o Renascimento, o trabalho foi considerado como um sinal de opróbrio, de desprezo, de inferioridade. Esta conceção atingia o estatuto jurídico e político dos trabalhadores, escravos e servos. Com a evolução das sociedades, os conceitos alteraram-se. O trabalho-tortura, maldição, deu lugar ao trabalho como fonte de realização pessoal e social, o trabalho como meio de dignificação da pessoa. Ou seja, é importante lançar o olhar sobre o que podemos fazer para que a construção humana seja uma realidade plena, conjugadora de diversidades, de direitos, de deveres.

Todo homem tem direito ao trabalho, à livre escolha do emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Todo homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. Todo homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. Todo homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção de seus interesses" (Artigo 23 da Declaração Universal dos Direitos Humanos)

Partindo da plataforma-génese, percebemos que enquanto há vida, há trabalho, porque viver é uma rede de sinergias, de permanente laboração. É com o trabalho na vida que a pessoa cresce, realiza, sociabiliza.

Portanto, demos esperança à vida, numa altura em que não há trabalho para toda a vida e há muitas vidas sem trabalho!

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