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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Volta S. Valentim

 

As teias que a história tece não deixam de nos surpreender. Agora é o próprio S. Valentim, o Bispo.

Procurámos, de forma aligeirada é certo, um pequeno apontamento sobre o mártir de Roma. O imperador Cláudio II (Marco Aurélio Valério Cláudio), que governou entre 260 e 268, proibiu a realização de casamentos, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. O Imperador terá acreditado que os jovens, se não tivessem família, alistar-se-iam com maior facilidade. No entanto, o bispo romano Valentim continuou a celebrar casamentos, contrariando o imperador, o que, no Século III não era novidade por força da então Igreja nascente. A cerimónia era realizada em segredo – tempo de perseguições! A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens teriam lançado flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270, pertencendo ao “Martirológico Romano”.

O dia 14 de fevereiro também marcava a véspera das lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimónio) e de Pan (deus da natureza).

“Conjugadas” as circunstâncias, com maior ou menor veracidade, este casamento deu frutos e a data aí está com um impacto forte nas relações. Sugerimos, para ilustrar as vivências e experiências de S. Valentim, três enlaces frenéticos em 2012: A Europa e as Agências de Rating

Domingos Paciência e o Sporting; a “má comunicação” e a Educação em Portugal.

Faça a Europa – sim, a Europa toda! – o que fizer, se cair na tentação de não querer permanecer unida, o poder financeiro conduzi-la-á para uma rutura social com consequências … previsíveis. São previsíveis porque quem nada tem, não tem nada a perder. Portanto, desde o cidadão mais conformado ao mais irado, todos aceitaremos quem conduza o destino dos povos sob a promessa de dar pão e prosperidade, custe o que custar.

Com tantos fundamentos nos acervos documentais, alguns deles ainda vedados ao público, é urgente, no dia que já a Inglaterra (de fora do Euro) é ameaçada pelas Agências de Rating, fortalecer a relação e correlações.

Depois, o caso Sporting. Não se entende tanta precariedade! Incoerência, devaneio, qualquer coisa mais?! Um casamento que durou pouco…

A Educação em Portugal tratada na comunicação, agora acerca das (poucas) alterações ao regime jurídico de autonomia, administração e gestão de escolas. Será que foi lido, interpretado, o Decreto-lei 75/2008, de 22 de Abril, para afirmar, em caixa alta, as alarvidades sobre o assunto?! O que está em causa é praticamente apenas dar coerência, na letra da lei, a práticas que já existem: agregações de escolas; separação de competências na gestão do pessoal docente e não docente, por causa das transferências destes últimos para as Câmaras Municipais; supervisão da avaliação ao nível de escola por força da extinção das Direções Regionais; especificações de pormenor nas estruturas intermédias, nomeadamente no número de departamentos nas escolas e respetiva indicação do coordenador – convém sublinhar que ainda está em vigor legislação sobre práticas e quadros já extintos, os professores titulares, que obrigava o diretor a escolher, quase para tudo, professores titulares! Ou seja, repõe-se o “poder” essencial nos órgãos da escola, o diretor também, o poder de terem liberdade de escolha!

Portanto, dá a entender que este último caso é uma relação de amor interesseiro, de oportunismo!?

É urgente a verdade.

(in Correio do Vouga, 2012.02.15)

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