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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Na saúde e na doença

 

Nos últimos vinte anos, acima das nossas capacidades ou não, progredimos imenso como país e como pessoas.

Hoje coloca-se justamente em causa o que se fez de errado nas opções estratégicas relativas à fixação de emprego, pessoas e vias de comunicação. Foi erro gravíssimo não investir mais no Comboio em detrimento do betão e asfalto. Lamenta-se a perda de oportunidades na mobilização para o interior e para unidades que produzam riqueza efetiva para o país, com os recursos que temos.

No últimos quinze anos, uns governos claramente mais do que outros, investiram na produção cultural e equipamentos que potenciassem as indústrias culturais e criativas – o ouro dos que o não têm! – como recentemente aqui abordámos.

Neste período corrigiram-se trajetórias e trajetos conhecidos como estradas da morte, modernizaram-se equipamentos fulcrais, lançaram-se projetos-âncora no conhecimento e ciência.

Nos últimos dez anos, com custos imediatos muito profundos, não só pelo custo da tecnologia mas também, e sobretudo, pela especulação dos lobbies do fóssil e do nuclear, houve grande investimento nas energias limpas e renováveis. Quanto não valeria investir mais nesse potencial limpo para cada português, que circula sozinho no seu “diesel” a caminho do emprego, se tivesse um veículo de dois lugares, pequeno, económico, de fácil arrumação, barato, que “abasteceria” (carregava a pilha) em casa graças ao painel fotovoltaico que teria no telhado?!

Lançou-se uma operação sem antecedentes na reforma sem precedentes das novas tecnologias. O país ficou no topo do mundo, pelas melhores razões.

Nos últimos cinco anos, ganhámos cem anos na educação!

Na verdade, mais uma vez, com avanços e recuos, com falhas e despesismo a qualificação de adultos e a introdução de necessidade de trabalhar mais e de forma mais séria foi notória. Mais e melhores equipamentos, plano tecnológico, parque informático,… quantas coisas!?

A saúde começou um amplo caminho de reestruturação para que mais tivessem o mínimo e que todos estivessem melhor.

Por fim, como começámos, uma crise global enraizada em especulação sem escrúpulos arrastou o mundo para o abismo; Portugal também.

Lançou-se o libelo da desconfiança sobre o Governo, veio a Troika, chegou a austeridade. Deste compasso ternário (mudança de Governo, Troika e austeridade) apenas ressalta uma constante: quem paga são os que menos podem. Ou seja, o que era investimento para desenvolver o país nada resta! Mas custa alguma coisa governar assim?

Saúde, educação, transportes, ação social são os grandes sorvedouros dos dinheiros públicos?! Mas onde está a novidade? É para que estes serviços existiam que as pessoas descontam, ou não é? Nas outras coisas paga-se em impostos (casa, carro, redes de água, saneamento, telefone, eletricidade, portagens, transação de bens, rendimentos,….).

Defendendo que temos de pagar a quem emprestou, não estando explicado que fosse o bom investimento que trazia mal ao país mas o despesismo dos interesses instalados, que podem deslocalizar quando quiserem, valerá a pena apontar caminhos que deem vida aos que fazem com o que Portugal exista. A solução não passará por ficarmos sem acesso ao essencial, à vanguarda de produtos para o país que é preciso continuar a desenvolver.

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