Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 12 de abril de 2011

FMI

 

A nau portuguesa, balanceada por vagas tumultuosas do mercado (financeiro) revolto, já está a ser conduzida para terra pelo Contratorpedeiro FMI.

De facto, esta aventura ultramarina dos portugueses tem qualquer coisa de misterioso, são capazes do impossível, de grandes feitos, mas, no que é fácil… facilitam!

Mais um naufrágio!

A Nau Lusitana navegava há muito à bolina mas apenas porque os ventos estavam de feição sobre a Vela Latina. Porém, com o lastro desequilibrado, o porão em péssimo estado, a vela de popa toda esfarrapada, caiu num banco de nevoeiro que aumentou a discussão, o ruído e a inoperância. E como ia (a nau) toda emproada, com o casco praticamente destruído, entreteve-se na cosmética e com alguns pormenores na Quilha! A tripulação não reagiu a tempo de colocar a guarnição em sentido, de fazer trabalhar como deve ser para transformar a nau para aquilo que foi criada!

E, com tanto ruído, já ninguém se ouvia. Até as mensagens de outras embarcações foram mal compreendidas.

No meio de gritos desesperado de alguns marujos, dos sinais da Fragata Europeia, que também navega nas mesmas águas, apenas se percepcionou: “Foram Malandros e Incapazes”! FMI.

E, em comunicado de 10 de Abril (Comunicado n º 11/126), numa Declaração sobre Portugal, pode ler-se: "Na sequência de um pedido apresentado pelas autoridades Portuguesas, especialistas do FMI irão juntar-se à Comissão Europeia e às equipes do Banco Central Europeu para uma avaliação técnica da situação actual da economia Portuguesa, na próxima terça-feira, 12 de Abril. Isto irá servir como base para as discussões políticas que terão início na segunda-feira seguinte, 18 de Abril. "

Sem mais!

Pronto, já vem aí alguém para nos socorrer! Continuemos na mesma, com serenidade, a gozar das vistas!

Portugal gosta disto, só pode! Como estamos a meio caminho de tudo (entre a Europa e a África, a Europa e as Américas,…) podemos passar a vida na “converseta” inconsequente. Será qualquer coisa entre o fado da persistência na asneira e uma irreverente matreirice aventureira de especialidade no… desenrasca e basta!

Pobretes mas alegretes!

(in Correio do Vouga, 2011.04.12)

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