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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Retidos ou chumbados?

 

Acaba de ser publicado um estudo, da Comissão Europeia, em que quase 35 em cada 100 alunos portugueses de 15 anos repetiram pelo menos um ano de escolaridade durante o ensino básico.

Vale a pena apreciar os comentários anónimos sobre a parangona.

“E tinham de passar? Ensinem-lhes a preencher os documentos necessários ao rendimento mínimo... isso basta. Há sempre quem pague impostos para manter isto.”

“O ensino precisa de ministros competentes, desde o primário até ao superior! Está uma calamidade! Passagens sem conhecimento, Novas oportunidades para estatísticas, cursos em série sem controlar acessos e saídas profissionais, proletarização de profissões que têm anos e anos de estudo, privadas com nº de cursos em série ,enfim ! Estar no sistema é doloroso ver a degradação de dia para dia!”

“Desta vez não vai haver festa como a do relatório PISA! Graças aos professores!!!!! Dizia Sócrates! E agora? Graças à nossa Ministra???????' Os Europeus não percebem nada disto! O PISA é que é bom!!!!!!”

As opiniões anónimas poderão não ser contributo determinante mas são ilustrações da “vox populi”, demonstrativa de um certo enquadramento da realidade, assente nos pressupostos de que a culpa morre sempre solteira; as promessas são para outros cumprir; a responsabilidade é de entidades abstractas.

Acresce a isto uma sabedoria inoperante de complexos de perseguição associados ao cepticismo desconfiante do “Restelo”!

Quais soluções e que protagonistas para evitar tudo isto e melhorar os resultados?

Sair rapidamente desta guerrilha de antagonismos (a culpa é dos pais que não educam; os Professores que não ensinam; …o Governo) pode ajudar a não chumbarmos todos como país.

Segundo o relatório «Taxas de Retenção durante a Escolaridade Obrigatória na Europa», Portugal regista uma taxa de 34,5 por cento, apenas ultrapassada por quatro países: Bélgica Francófona (37,1%), França (36,5%), Luxemburgo (36,1%) e Espanha (35,3%). É concluído que a este nível as práticas variam muito entre países. O facto de o aluno repetir um ano de escolaridade pode depender mais da cultura educativa do que efectivamente do seu desempenho. Atribuiu-se também consequência à existência de uma cultura de retenção, a ideia de que a repetição é benéfica para os alunos. Na Europa, é sobretudo na Bélgica, Espanha, França, Luxemburgo, Holanda e Portugal que esta convicção persiste.

O que fazer num país que gasta tanto em Educação; em que os pais gastam tanto em Educação; em que os profissionais da área gastam-se tanto em Educação?!

Aqui há uns anos, num programa televisivo, Jô Soares (José Eugénio Soares, o polifacetado autor e actor Brasileiro) caracterizava, com o humor sábio que lhe é característico, com mais ou menos palavras, que o povo brasileiro é como um presente; está sempre embrulhado!

Precisamos de agir para não ficarmos, também nós, embrulhados. Isto é, chumbados!

Dêmos lugar a uma outra revolução!

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