Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

Páginas

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sem título

As revoluções, que ao longo da história o conseguiram ser, poder-se-ão distinguir entre as que o foram e as nem por isso!

O termo, revolução, numa abordagem simples de compreensão dicionária, poderá significar grande transformação, mudança sensível de qualquer natureza, seja de modo progressivo, contínuo, seja de maneira repentina; movimento de revolta contra um poder estabelecido, e que visa promover mudanças profundas nas instituições políticas, económicas, culturais e morais. No fundo, trata-se de uma re-evolução, uma nova definição de orientações para a organização (macro ou micro) das sociedades.

Retomando a afirmação inicial, os movimentos de mudança são mesmo assim, movimentos; itinerários de denúncia, segregação, acepção orquestrada ou dispersa, assimilação,… até ao momento em que já não há retrocesso. Ergue-se uma nova ordem.

Por outro lado, há sociedades em que ainda não há Estado, vive-se em permanente segregação (de pessoas, organizações, serviços); por isso, haver episódios de sobreposição de vontades nem se pode falar em revolução, trata-se de mais um momento na evolução desses grupos; são as revoluções que não o foram mas, pela perplexidade e incómodo que provocam pontualmente, mais uma tentativa.

Entendemos que a “chuva miudinha” que se vai infiltrando nas sociedades actuais está a provocar todo o movimento típico de uma grande revolução – sublinhe-se que não são necessários elementos bélicos para as concluir com eficácia!

Está aí uma nova ordem, sem rosto, sem nome! Talvez com algumas faces (facebook, wikileaks,…): denuncia-se, segrega-se, dispersa-se, assimila-se,… quem vai erguer tudo o que fica destruído?

Estamos a viver episodicamente parte de um processo ou será o processo revolucionário em sim mesmo?

De uma forma ou de outra, apenas gostaríamos de não ficar no lado errado da barricada! Se assim for, quem acredita no Estado e no Estado de pessoas e para o bem comum terá de enveredar pelo movimento contra-revolucionário!

(PL, in Correio do Vouga, 2011.01.19)

Sem comentários: