Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

Páginas

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Felizes por recomeçar

 

Terminada a jornada-maior, eleger o mais alto Magistrado da Nação, o Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições democráticas e é, por inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas, estamos preparados para enfrentar entusiasticamente, diga-se, cada dificuldade que por aí vem.

Contrariando algumas opiniões, e até expectativas, a campanha eleitoral foi esclarecedora de muitos aspectos! E não conseguimos, por falta de espaço e de capacidade de análise, apresentar todos.

Ficámos a saber que é fácil ser candidato!

São elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos; não é admitida a reeleição para um terceiro mandato consecutivo, nem durante o quinquénio imediatamente subsequente ao termo do segundo mandato consecutivo; as candidaturas para Presidente da República são propostas por um mínimo de 7 500 e um máximo de 15 000 cidadãos eleitores; as candidaturas devem ser apresentadas até trinta dias antes da data marcada para a eleição, perante o Tribunal Constitucional.

Com poucos votos, graças ao sistema vigente, pode-se ser eleito.

O Presidente da República é eleito por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos portugueses eleitores recenseados no território nacional, bem como dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro desde que esse exercício tenha em conta a existência de laços de efectiva ligação à comunidade nacional; o direito de voto no território nacional é exercido presencialmente porque a abstenção dá algum jeito quando se sabe que há uns tantos “fiéis”!

As funções não são de grande monta.

Sabemos que país já é potência atómica! - pelo menos o Presidente tem a possibilidade de uso da bomba atómica. Essa apanhámos! - Teria sido importante, por parte de todos os elementos das comitivas, comunicação social incluída, um debate sobre as competências do Presidente?!

À boa maneira portuguesa, todos os candidatos são nobilíssimos junto dos seus apoiantes e uns demónios para todos os outros.

Quem ninguém é imaculado! São cidadãos comuns, uns mais comuns do que outros.

Não pressupõe um Programa mas sim Linhas de Acção que passam por… por… por… incentivar os jovens a serem… jovens!

Por fim, não é o Presidente da República que resolverá os problemas que temos pela frente. Também não é o Governo. Muito menos a Assembleia da República. Nem o Tribunal (seja ele qual for! Mas relevemos o Constitucional).

Ninguém vai resolver os nossos problemas porque os problemas, para quem não tem dinheiro, recursos ou eficácia produtiva, os problemas são como as desculpas, não se pedem nem se resolvem, evitam-se!

Felizes por recomeçar? Nem por isso. Afinal ganhou que temos de pior: sem opinião (ou os “que se dane”), 4,26%; nulos, 1,93%; abstencionistas, 53,57%; ...

Ficámos a saber que ganha quem nada faz!

Que diabo de candidato!?

(PL, in “Correio do Vouga”, 2011.01.25)

Sem comentários: