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EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Finalmente, o bug da década: 2011

 

Há cerca de um ano que esperávamos o momento, ei-lo, o PEC(ado) do e da capital!

Ao dar este tratamento semântico, “PEC” – Plano de Estabilidade e Crescimento -, “pecado do capital” e “pecado da Capital”, de Lisboa, simbolizando o centralismo em que vive o país, induz-se e deduz-se uma tripla interpretação. Na verdade, pensamos que estão aí as causas para a expectativa – onde a houver!!

Todos os Planos de Estabilidade e Crescimento, independentemente de quem nos governe (a nível central ou nível local) estão condenados ao fracasso se não houver vontade individual de crescer com estabilidade.

Está nas mãos, na vontade, na educação-formação, assumir que o Estado Social é isso mesmo, uma Garantia de Serviços e Equipamentos Comuns a todos os cidadãos. Não tendo o país produtos e recursos que gerem riqueza (o que, só por si, não é mau, porque onde existem têm levado á usurpação), a “garantia” existe e subsiste como uma soma de todas as partes. Isto é, o que cada cidadão possui (em poupança, investimento ou… despesismo e dívidas) é o que todos teremos capacidade de fazer ou de deixar por fazer!

Produzir, pelo menos, o que comemos e gastamos por existir é o mínimo. Só serviços e bens transaccionáveis,… não dá!

Pecado do capital!?

Parece-nos simples, quem não tem dinheiro não tem vícios. Ora, podendo o contrário não ser sempre verdade, podemos admitir que só pode ter vícios quem tem dinheiro! Melhor seria haver capital suficiente para não haver pecado; portanto, para garantir que o Estado tivesse possibilidade de incrementar desenvolvimento estratégico sustentável e… não alimentar vícios!

Por fim, o pecado da Capital!

Socorremo-nos de Pe António Vieira. “Em toda a terra, como demonstra Aristóteles, é Lei natural, que os sábios governem, e mandem, e os que menos sabem, obedeçam, e serviam. Em toda a terra é Lei natural, confirmada com as Civis, que os que forem mais eminentes em cada género, subam aos maiores lugares, e tenham os primeiros prémios. Mas tira-se por excepção a nossa terra, na qual para alcançar este prémios, e para subir a estes lugares, não basta eminência dos talentos, nem dos merecimentos, se falta certo grau de qualidade; bastando só essa qualidade sem outro merecimento, nem talento, para pretender, e alcançar, ou alcançar sem pretender os mesmos lugares.”

Estamos, querendo ou não, em 2011, e agora, o que fazemos com ele?!

Com talento, temos de dar a volta a isto! Comecemos pela expiação dos três PEC(ados)!

(PL, in Correio do Vouga, 2011.01.05)

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