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EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 20 de julho de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.07.14

À Espanha!


À Espanha e à espanhola!

Foi grande, rija, fogosa “la fiesta” dos nossos parceiros ibéricos.

Num momento como este, gostamos de falar em parceiros; fazermo-nos convidados; tomar parte nos festejos. Afinal, a festa é pública, é do mundo, pelo menos do mundo da “Fase Final do Campeonato do Mundo de Futebol” – temos de ser o mais explícito possível, porque aquilo é mesmo um mundo à parte. Há golos que não são, golos que são e não o foram, medidas disciplinares pouco perceptíveis, fífias das grandes, FIFAs, … arbitrariedades! Perdão, arbitragens.

A África e a África do Sul estão de parabéns por este evento. Mas estão de parabéns, estes como quaisquer outros organizadores. Os níveis de exigência feitos aos anfitriões são de tal ordem que dificilmente falham. As expectativas, as dúvidas, as incertezas são pela análise de um determinado indicador, veja-se o caso Português no Euro 2004, que terminado o evento, toda a gente se dá por feliz. O problema vem agora, no pagamento da factura. Mas não falta potencial. A FIFA não brinca, é um estado nos Estados!

Quem gosta de futebol, deixa-se alinhar! Quer queira, quer não.

Voltando à Espanha, antes do jogo da final, as divisões eram muitas, nas tendências sobre o vencedor. De um lado o nosso 1640 (a Restauração), do outro “os Corsários” holandeses!

Como o futebol tem história e como é rica (também em especiarias e eventos) a história do futebol.

No fundo, tentámos (quem tentou) ver na final da África do Sul, mesmo sem o saber, uma revisitação de outros tempos, de outras histórias com passagem por África:

1 - Portugal perdido ante a Espanha – qualquer coisa semelhante à perda da independência;

2 – A Espanha perante o Corso Holandês – que nos saqueou nos mares e em terra, sobretudo no Brasil;

3 – Como o Brasil já não estava lá… os holandeses não!

4 – Como em 1640 ganhámos à Espanha… vamos a isto:

Em 1644, após a restauração, Portugal deu início à recuperação de parte do território no Brasil. Após a recuperação do Brasil, D. João IV deu início às carreiras em comboio, com a Carreira das Índias Ocidentais. As embarcações partiam do Brasil escoltadas por navios de guerra até Portugal, combatendo assim a acção do corso. Para terminar com o corso holandês, Portugal invadiu a Baía de Todos os Santos (Baía), conquistando-a, seguindo-se Olinda, no Recife, Angola e São Tomé.

Acordados da peleja de 120 minutos, … Viva a Espanha.

Porquê? Porque ganharam, o que é podemos fazer!?

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