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terça-feira, 18 de maio de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.05.19

Os semeadores


A última semana foi fortemente batida pela presença de vários protagonistas que, marcados pela presença do Papa, assumimos como semeadores entre o Semeador. Naturalmente, convocamos para o Sucessor de Pedro a coerência do protagonismo e, inspirados pela primeira das parábolas do Discurso de Mateus, atrevemo-nos a ler os últimos acontecimentos numa outra hermenêutica, responsabilizando a terra pelo fruto que produz. O semeador faz o seu trabalho mas, com a massificação de tudo e a globalização do nada (nihil), a preparação da terra está industrializada, tudo é mais igual. E como a messe é grande, a terra que se cuide… porque será pelo fruto que conheceremos a árvore (como o Evangelista Mateus o refere um pouco antes, no capítulo 7, versículo 20).

Num mundo global, com tanta informação, meios de comunicação, instrução e formação, assumamos sem medo de errar que já não há “terra mal preparada”! Os meios de preparação são tantos e tão poderosos que só não vê quem não quer ver! Só não produz quem decide não fazer nada, ou vai na onda do relativismo!

Assumamos, no entanto, como pressuposto que a “terra” da parábola, os destinatários do semeador, é quem o ouve!

Recuperemos, porém, que com a massificação de tudo e a globalização do nada (nihil) a quantidade (de barulho e demagogia) está a ser mais poderosa que a sustentabilidade da razão ou, pelo menos, do bom senso.

Depois de uma semana tão intensa, o que se nota como substancial, duradouro? Pelo fruto, quem é o semeador que está subjacente?

- Algumas sementes caíram à beira do caminho: veio a passarada e comeram-nas.

É óbvio que se trata, em termos de sementeira, dos agentes do futebol. O que hoje é verdade amanhã é mentira e o mais importante é ganhar a qualquer preço!? Tudo é fugaz…

- Outras caíram em sítios pedregosos, cada vez mais duros, onde não há cada vez menos terra também, pela erosão e outros fenómenos menos naturais: e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram.

Passada uma semana, terá sido, o semeador, Bento XVI!?

- Outras estão entre espinhos, onde reina uma certa anarquia social e ideológica: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas.

Não é possível colher muito entre quem não quer produzir nem deixa que outros o façam. Claramente quem tenta, dedicada e seriamente, governar este país, seja a que nível for. Porém, por maioria de razão, o Governo, quem tem sentido de Governo e o Presidente da República!

- Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta.

Como é evidente tratou-se da União Europeia, do FMI, da finança!

Apenas desejamos que, dado o aperto a quase todos, a terra seja mesmo boa e o fruto seja abundante, como a parábola no-lo anuncia!

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