Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 2 de março de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.03.02

Biltragem?!


A caixa (que se pressupunha) forte está arrombada!

Alguns signatários (países) da zona Euro e da zona do Euro estão à beira da falência. Melhor até será dizer, já faliram. Porém, com ajuda de “amigos e vizinhos” (especulação e alguns agiotas) ainda se mantém como comissão liquidatária! Aquela função que existe porque alguém tem de fazer o trabalho. Por mais digna que seja, apenas serve para dar dignidade ao “finado”.

Mas como é que se chega a um Estado (e estado) destes?!

Vamos supor - em linguagem muito simples - que nos dão a administração e gestão de uma pequena loja (como o são, por comparação, algumas das economias da Zona do Euro, da moeda Euro!). Mas, mesmo assim, fixemo-nos apenas na área da gestão dessa loja.

Ora, mesmo na expressão mais coloquial de gestão, o que vulgarmente se chama, como recurso ao que de maior eficácia existe, a “gestão de merceeiro”.

Quando os resultados são fracos, o senhor da Mercearia sabe que há três coisas que são de primeira água, isto é, nunca pode (con)fiar: calotes; estragos; roubos! E tudo o resto será apenas aplicar o elementar deve & haver!

Quando se fazem contas à vida, sempre, mas mesmo sempre, qualquer merceeiro coloca o azulejo da praxe na parede, com os dizeres bem conhecidos e, não raramente, faz uso de estatuetas ilustrativas, à “Bordalo Pinheiro”. Se queres fiado…

Do que é que estamos à espera?! Se não há dinheiro não há vícios!

Porém, lamentavelmente, parece que não há dinheiro para a maioria, mas há muitos vícios!

Vamo-nos habituando ao que se passa na Grécia; aprendendo com a experiência alheia.

Milhares de pessoas protestaram contra medidas de austeridade para travar a grave situação que vive o país. Aviões em terra e barcos no porto, escolas, tribunais, museus e locais arqueológicos encerrados, bancos, hospitais e empresas públicas a funcionar a conta-gotas, rádios e televisões fora do ar e jornais ausentes das bancas. Estas foram as consequências directas da greve geral em protesto contra as medidas de austeridade do Governo, destinadas a fazer face à crise financeira. Os manifestantes ergueram cartazes com palavras de ordem como "que paguem impostos os ricos, greve contra os especuladores, os homens e as suas necessidades acima dos mercados e dos lucros”.

Se não há receita pela via da produção, não parece razoável que as coisas tenham equilíbrio pela via da taxação! Quem não ganha, não tem por onde pagar.

Mas, se somos dez milhões, quanto pagámos? Para onde foi o dinheiro?

Seremos nós uns caloteiros!? Houve obras de remodelação, de melhoria nas condições essenciais dos serviços!? - mas pagas com o nosso próprio dinheiro. Não estamos a falar do “bodo aos pobres” que a caridade alheia nos proporciona! - Tivemos avultados prejuízos na loja, por causa de algum estrago maior!?

Não?!

Provavelmente, fomos assaltados!

Malandros, querem ver que começaram a viver à rica com o dinheiro dos pobres?!

Segue-se a repressão e a revolta. Depois, pagamos todos.

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