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terça-feira, 20 de outubro de 2009

PL, in "Correio do Vouga" - 2009.10.20

Claro que existe!


Há semanas que são férteis em acontecimentos que até temos dificuldade em acreditar na veracidade da sua existência; será verdade?

Há muitos correntes do pensamento moderno e contemporâneo que colocam a prova da existência das coisas naquilo que é tangível.

O indivíduo, no princípio, apenas tem a existência comprovada. Com o passar do tempo ele incorpora a essência. Assim, até a essência é relativa! Quem nos pode dizer o que é essencial? Só a força da opinião de quem tem mais visibilidade ou protagonismo social?

Dois casos que, na dúvida, suscitam a certeza. Assumindo que e só existe o que é verificável experimentalmente, eu não conheço Maitê Proença. Portanto, no limite, ela não existirá?!

As imagens que foram correndo a comunicação social poderão existir, como imagens. Aquele humor tão “fino”, poderá existir como humor. Só não sabemos onde nem quem.

O outro caso, é o a da inspiração para Caim, o irmão de Abel.

Caim e Abel existiram, claro. Está na Bíblia?!

Escrever sobre este acontecimento, para quem não conheceu os actores, é que pode não ser verdade. Pode até, no limite, a ser um conjunto de disparates – mesmo com recurso à ilusão de que se trata de ficção. A realidade ficcionada não é realidade, é ficção.

Apesar de tudo, há diferentes estilos de expressão linguística e redacção; há diferentes formas literárias de enriquecer a narrativa de um povo. Até há o romance, histórico, ficcionado,… e mal tratado!

Portanto, se tomamos como existente o que é verificável (apenas) aos olhos do próprio corre-se sérios riscos de auto-negação!

Mesmo que tenha dúvidas, não quer dizer que não existe verdade!

Por exemplo, não duvidamos que o (laureado e muito apreciado) José Saramago exista, mesmo se o termos visto a fazer alguma coisa!

Recorrendo à visão maniqueísta da vida, para ilustrar o acontecimento, entre o imobilismo do bem e a actividade do mal, optaríamos pela fé!

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