E agora?
Estamos na encruzilhada, na expectativa, na espera ansiosa.
A espera ansiosa reproduzirá os sentimentos da maioria de todos nós sobre como dar a volta ao que aí vem em termos económicos, fiscais, governativos.
O que é que vem por aí depois de tantas eleições, dado que um pais tão pequeno e pobre não pode fazer muito perante os grandes do mundo?
Todos sabemos, não é de agora e, mesmo que fosse, qualquer exercício racional mais cuidado suscitaria o mesmo desvelo, que após um percurso eleitoral em que as atenções estão centradas nas propostas de governo (seja ele qual for e tenha a amplitude que tiver); e algumas vezes, esta centralidade de opiniões e visões, é imposta pelos interesses comuns, contudo, e não é raro, também convém a quem faz (ou manobra) as correntes de opinião. O que dita o que deve ser o interesse comum não é a verdade, é a procura!
Em suma, andámos entretidos desde Maio. E agora é que vai doer.
A expectativa representa aqui o que alguns sectores de trabalho, sobretudo dependentes da administração central, do próximo governo. Mais facilidades, menos rigor, aumento do ordenado, mais férias, menos trabalho,… a ilusão do costume. Deixem-nos andar. Entre os exageros de quem governa e a pouca vontade de quem é governado está, algures, o desgoverno deste “jardim à beira mar plantado” (ode Tomás Ribeiro, publicado em 1862 na obra D. Jaime ou a dominação de Castela, um poema inspirado nas rivalidades entre Portugal e Espanha e de carácter marcadamente anti-iberista)
A encruzilhada, porque se inter-cruzam muitos cenários, diz respeito ao mundial de futebol e ao futebol triste, enfado e enfadonho que recaiu sobre a selecção. As vitórias não disfarçam tudo. E aquilo não tem alma.
Os pessimistas de nós dirão que já não há saída para estes sentimentos; estamos perdidos e ponto.
Os realistas de nós comprometem-se, embrenham-se nos problemas, tocam para a frente, puxam, insistem, lutam, acreditam, aborrecem os pessimistas, não deixam que os oportunistas assumem os lugares decisórios. Vêm para além da dificuldade; encontram saídas.
Os optimistas de nós,… aperaltam-se e emigram.
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