Esta antítese aparece no regresso, e a propósito, de tantas coisas boas com expectativa de melhoras nas que o futuro reserva.
A reserva maior, o tesouro que transportamos em vasos de barro, será a sobrevivência da espécie como espécie. E o que nos garantirá tudo isso, o continuarmos a ser pessoas, seres civilizados?
Muito provavelmente é o respeito de cada um pelo que nos distingue de toda a criação. Isso mesmo, seres civilizados.
Mas quem nos ensina o que é a civilidade? E como se chega a civilizado?
Os decisores atribuem às gerações mais jovens, acreditando que nascemos ensinados (influências de algum inatismo?) capacidades inatas, em que todos nascemos iguais em tudo. Ou seja, a diversidade, o que nos distingue (entre nós e de cada pessoas com toda a natureza) é sermos… iguais!
Ridículo, não é?
Claro.
Quem é que hoje interpela quem quer que seja se o mais elementar dos gestos (como tossir, lavar as mãos, espirrar, cumprimento, cortesia, lugar no autocarro,…) for ultrapassado? Alguém? Todos fugimos da responsabilidade educacional atrás do individualismo “isso não é nada comigo”!
Se não é com os pais, não é com o grupo social, não é com a escola,… cada um está entregue a si mesmo. Salve-se quem puder.
Viemos das férias - os que vieram!
Encantados por tanto recebido até se esquece o despendido. E esquece-se de tal forma que, com Setembro ainda quente - cada vez mais quente - , ainda é possível continuar em banhos, até em “banho-maria”, o que de essencial temos para fazer: mudar de rumo, endireitar o que nos resta deste nosso mundo, a começar pelo universo que fica dentro da casa de cada um.
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