Escuro, negro e obscuro
Todos nós em cada recanto da nossa rua, lugar ou cidade onde vive, trabalha ou passeia já encontrámos espaços, recantos, pormenores de planeamento, imobiliário ou património arquitectónico que permitem interpretá-los como escuros!
Isto acontece mais sobre a noite mas não deixa de ser verdade que, por metáfora ou sem ela, também há recurso à expressão para realçar algo que, em pleno dia, não está em conformidade com o aceitável, isto é, com o destino para o qual foi criado.
Os mesmos elementos apontados, quando permanecem longo tempo inalterados ou, pior ainda, quando prejudicam terceiros – quantas vezes gravemente!? – apelidam-se amiudadamente como pontos negros.
Ora, ninguém quer um ponto negro em lado nenhum da sua vida. É tão inestético como perigoso! Dá má fama! Não atrai nada de bom.
É preocupante verificar que o escuro está a ficar negro?
Aumenta o grau de apreensão quando, pela inoperância ou irresponsabilidade de uns poucos, a vida de todos está em risco.
É por este ângulo de visão que constatamos os desequilíbrios ecológicos do planeta. É o mesmo prisma que nos permite vislumbrar quando um produto que deveria estar ao serviço do bem comum fica preso nos caprichos e burocracias dos bancos (com exclusividade) impedindo que todos tenham acesso a esse serviço, por exemplo os fundos disponíveis para mapear o território nacional com placas para produzir energia solar.
Não fica atrás destes exemplos, o despesismo quando uma passadeira é construída à “boca” de um túnel, que impede a total visibilidade de quem conduz e acaba por causar erros graves, acidentes, mortes…
Aqui é onde o bom senso acaba e surge algo tenebroso, sempre susceptível às mais variadas interpretações, o obscuro!
Até parece que alguém ganha algo por esta ou aquela tragédia acontecer!?
Temos este condão (coisa estranha) fazer andar por ai sempre o Sr Obscuro!
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