Um outro olhar
Aproxima-se o tempo de ver o outro lado do mundo, o outro lado da vida; o lado da convicção e da serenidade confiante e inspiradora.
Bem sabemos que há dias em que nada parece correr bem.
Por qualquer razão inexplicável, nenhuma equação tem solução. Depois surge a arrelia. Daí até parecer que o dia está estragado vai um pequeno passo.
Como se explica isso?!
Problemas neurológicos; falta de serenidade; ansiedade;..? Parece ser tudo sem ser qualquer coisa em particular.
É o caso de não encontrar piada alguma no discurso falacioso (de falácia), na brejeirice subtil, e depois ser apontado como pudico ou incómodo.
Mas ainda há algo mais.
Um dos sinais de arrelia, que vemos um pouco por todo o lado, curiosamente é a maneira como se procura o culpado ou projecta a culpa sobre alguém.
Olhe-se para um pequeno incidente no trânsito. Com o sem razão as pessoas dirigem-se umas às outras a tratarem-se por tu, um “tu”-segunda pessoa do singular. Como se já não bastasse ser segunda pessoa, também está no singular, só!
“Ó paspalho, não vês o que andas a fazer?” – grita-se para o lado!
É este “paspalho”, ou coisa pior, que incomoda. Porque a pessoa não ver não há grande mal nisso, acontece! Agora, ser paspalho?!
Portanto, há ali, “sem eira nem beira”, um juiz severo que espalha a sua ira para libertar, quem sabe, as suas próprias frustrações com recurso a outro mecanismo de defesa, a projecção. Os seus conflitos e reflexões são colocados, projectados nos outros e impedem ver claro.
É urgente lançar o olhar mais longe, ver para além das aparências.
Ou seja, é preciso olhar e viver a vida com elegância. Aquela elegância que faz de todos parte da solução. E esta elegância deve ser feita como serviço, como ministério.
1 comentário:
Na vida, tanto as palavras podem magoar, como o silêncio sem razão.
Mas ninguém é perfeito..:) só podemos perdoar esse tipo de atitudes de pessoas que têm vidas que muitas vezes nem imaginamos. Nem nós, muitas vezes, imaginamos que atitudes estamos a ter para com os outros. Só quando Deus nos dá a luz de entender aquilo que somos, é que compreendemos que muitas vezes também falhamos nas nossas atitudes para com os outros. Mas como não somos perfeitos, só temos que tentar, em cada momento, sermos melhores, mesmo que isso leve a cair nos mesmos erros. Mas quem não tenta, nada consegue.
É sempre bom ver, para além do que as palavras/silêncios querem dizer, embora às vezes não se veja nada!:)
A vida com Deus nos transforma, sem Deus torna-nos animais sem razão!
Boas férias e despeço-me com agradecimento da partilha dos seus documentos com o público em geral. Os dons que recebemos não são para nós, mas para os outros.
Andrea
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