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quarta-feira, 1 de abril de 2009

PL, in "Correio do Vouga" - 2009.03.01

Lol!


A expressão está por aí. Acaba por fazer parte do código de comunicação subjacente ao vocabulário TIC(ês); é um acrónimo para "lots of laughs" (que em português significa algo como "muitas risadas") ou, "laughing out loud" (algo como "a rir muito alto").

E no meio destes dias de Primavera, dias de reforço da esperança numa nova primavera que se deseja chegue rápida, porque o inverno vai sombrio, tenebroso, apesar disso, das trevas económico-financeiras (como se o dinheiro fosse tudo?!) há muitos motivos para rir, para LOL, portanto!

A nossa selecção de futebol não consegue marcar um golo. Logo nós, portugueses, que temos o melhor do mundo!

Os governos estão perdidos no meio da ponte. É necessário consumo porque é isso que indicia a necessidade de mais produção mas o consumo traz endividamento porque não há dinheiro que pague tanto “calote”!

Durante quatro anos, mesmo que não estivesse estalada a… (já não se pode mencionar a era que atravessamos, começa por “C”, sucede-lhe um “R”, depois um “I”. Termina em “SE”. Isso!); durante quatro anos lá nos afundámos mais um pouquito! Somos ingovernáveis! Nada temos mas pouco queremos!

Os bancos querem liquidez mas há dificuldade em acreditar em quem tanto gastou não sendo seu.

As gerações mais velhas não podem aposentar-se já, para não esgotaram as reservas (onde as há) do estado social – os gestores desses institutos de conserva (dos fundos de aposentação também terão alinhado na especulação?!

As gerações mais novas não têm emprego, porque as mais velhas (gerações) continuam no activo. Esgota-se no vazio, na ausência a inovação e a criatividade!

Pelo meio ameaçam-se os que menos têm, como querendo tapar o sol com uma peneira, com o terrível anátema de que não haverá progressão se não se deixarem subjugar... “ficam congelados!” – para quê a ameaça, à frieza (até dos números) já todos os que pouco têm estão habituados! São afirmações aculturadas, mais ou menos como aquelas anedotas “teosóficas” do género, que é anacrónico, dizer a um esquimó que o inferno é um lugar quente!? Dizer a quem nada tem e nada espera que não vai ter nada! Só se obtém uma de duas reacções: “indiferença ou revolta”.

Há sinais, nesta verborreia que vai sendo proferida por aí, por exemplo na educação e administração pública, que é difícil encontrar conjugado num só: tenacidade, saber e inovação!

É a partir daqui que o LOL já começa a não ter graça nenhuma.

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