Outra vez!?
Para um país como o nosso, se bem que isto pouca influência tem do país e para o país, chegar novamente ao topo dos melhores do futebol mundial, neste caso através de Cristiano Ronaldo, é notícia!
A questão tem pertinência por isso mesmo, por novamente, depois de Luís Figo em 2001, vermos um português ser distinguido (também pela FIFA) como o melhor de 2008.
É mais um emigrante de sucesso, parabéns!
Já o referimos, a propósito do reconhecimento feito na altura pela France Football, mas voltamos ao assunto para ver isto pela perspectiva do triunfo do individualismo!
Destaca-se, nestas novas “estrelas”, no seu desempenho e até no processo de eleição, uma acentuada predominância do valor individual sobre o colectivo. O que, tratando-se de uma modalidade de equipa, merece alguma observação.
Há nestes prémios um frágil desequilíbrio (não é equívoco!) entre quem será melhor no seu desempenho. Será quem abre ou quem fecha, quem faz chegar a bola lá à frente ou quem evita que o adversário dê uma “abada”!? Imagine-se aquele futebolista que treina, carrega com o “piano”, ganha menos, faz brilhar os outros e ninguém olha para ele? São esses que fazem o passe, evitam que os outros sejam melhores. Depois, a máquina da propagando faz o resto.
Não se vislumbra um jogador de equipa, daqueles que guindam os colegas ao sucesso com o seu desempenho. Nem Ronaldo, nem Messi, nem Torres,… são jogadores que galvanizem os que com eles jogam! Têm uma arzinho de vedetas, de serem os maiores, muito brilho, brincos, creme, automóveis,… show!
E, com isto, são os melhores do mundo. Não o são como jogadores de futebol, mas como produto da indústria que é o futebol! Sempre que a marca CR7 (Cristiano Ronaldo, nº 7) jogar, aumentarão os espectadores, o cachet, os que querem ver ser ele é mesmo bom, os que querem confirmar que não é grande coisa e os que gostam de futebol!
E apesar de tudo, também na mesma linha individualista, porque é um português,… venho lá outro… outra vez!
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