A nossa terra, a nossa casa, nós, o que é nosso
Ao aproximar-se o Inverno, de dias mais pequenos e frios, de maior recolhimento em casa, surge também a possibilidade das pessoas estarem mais tempo juntas. É verdade que os horários de trabalho de cada um não se compadecem com as estações do ano. Porém, vêm aí momentos de, tradicionalmente, maior proximidade das pessoas. O dia de Todos os Santos, os fins-de-semana prolongados no início de Dezembro, o Natal!
Por isso, sentimos que pode ser oportuno, ao ler o nosso jornal, partilhar uns com os outros as alegrias e preocupações do dia-a-dia. Entre essas possíveis oportunidades de diálogo próximo, familiar, podem estar as que versam sobre as mudanças que vão surgindo nas nossas comunidades.
É importante eleger mais um assunto para a nossa reflexão: a segurança de cada um, dos nossos bens.
Aparentemente até pode parecer que não há nada de novo nisto. É verdade!
Porém, quando nos chegam notícias sobre o “conto do vigário”, que levam a um ponto de já não podermos confiar em quase ninguém, é sempre importante trazer às nossas conversas os acontecimentos sobre pessoas, amigos, vizinhos nossos, que atenderam com simpatia quem se aproximou e, depois, foram burladas à porta de casa por indivíduos com um ar bem parecida, na maioria dos casos, que se ofereciam para lhes resolver um problema, para comprar um objecto, para conversar sobre um suposto familiar (tio, cunhado que está longe,… o meio para explorar conversa e aproximarem-se das pessoas, ganharem confiança) e, depois, inútil, roubam, agridem, maltratam.
A segurança de cada um passa, em primeiro lugar, pelos cuidados que se têm. A sociedade está menos segura!
Há grupos de proveniência diversa, de dentro de Portugal e de fora de Portugal, que vivem não se sabe bem de quê. Especula-se que seja do furto, da coação, de mendicidade, de tráficos, de coisas estranhas. São máfias, são etnias, são outras culturas,… são diferentes dos nossos hábitos regulares e seculares. E essa diferença, só por si, não é mal nenhum – Deus nos livre de fazer essa acepção de pessoas.
Todos merecem a melhor atenção, o melhor acolhimento. Porém, em tempos como o de hoje, não podemos “comer gato por lebre”, ser levados por lorpas!
Com isto queremos dizer que, se não tomamos as decisões com a devida ponderação, poderemos estar involuntariamente a fazer o bem mal feito. E o que poderia ser um factor de inclusão, de criar boas condições de vida e de vizinhança, por exemplo, resulta numa desconfiança e desconforto para todos, com consequências imprevisíveis.
Ora, com a vinda de mais serviços para as nossas comunidades (ver notícia na última página) vêm também outras pessoas... Saibamos acolher, acolher com inteligência. Saber de quem se trata, conhecer como é no que faz, saber ao que vem e, só depois, entreabrir a porta! Porque, como “quem à minha casa não vai, da sua corre-me”, isto é, na minha casa só entra quem eu quero” o melhor será que entre na nossa casa (comunidade) quem vem por bem!
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