Os professores
Também esta “seita” está de regresso à vida activa!
É o Prof Jesualdo Ferreira; o Prof Carlos Queirós; o Prof Moniz Pereira; o Prof Neca; o Prof Carlos Carvalhal;… são muitos, convém não confundir!?
Uns empregados, e bem empregados…Outros empregados e… “mal empregados!?” Um grande número não tem o privilégio de pertencer à elite, em termos de areópago, da classe. Outros nem classe têm!
Não tem classe para a profissão nem profissão para a classe.
Professor já não é o Éden de quem não tem saída para outra via profissional – felizmente!
Anos houve que, por razões inerentes ao próprio sistema educativo, como já aqui fizemos referência fundamentada, uns tantos “bons samaritanos” acorriam às escolas para desenrascar, no tão português trabalho “planeado”, umas horitas!
Mas a escola mudou e ao professor é dado, com toda a propriedade (d-a-d-o!), ser administrativo, inspector, burocrata, telefonista, condutor, animador, contribuinte, confidente, … e até se chega a ser pedagogo, docente!
Cumpre a administração e gestão local, regional, nacional,… as leis, os despachos, as orientações, inventa novos itinerários, elabora provas e matrizes, é examinado e faz exames, trabalha 35 horas (as do horário) 20, 10, menos! Vence (de vencimento!? Melhor seria… perde!) como se isso não fosse importante, nem precisasse do salário para viver; veste simples mas com elegância; acompanha os jovens a vida toda e dedica toda a vida à juventude de cada tempo.
Participa e responsabiliza, constrói!
E a qualidade da participação na escola – como, aliás, tem vindo a ser prática - radica na sua presença, iniciativa e dinamismo. É constante e de reforço qualitativo. Não se resume à presença no acompanhamento do desempenho da vida escolar, à reivindicação, como se a comunidade escolar fosse, passe a expressão, um grupo sem direitos (ou outra coisa qualquer)! Faz a escola ser!
Responsabiliza as novas gerações àquilo que já ninguém afecta. Os professores nunca serão a última geração a obedecer aos pais e a primeira a obedecer aos filhos! Porque continuam a inventar caminhos novos de referência para que cada um descubra o projecto da sua realização pessoal mas em comunidade plural, com as exigências e cedências que tudo isso obriga. Sabendo que uma comunidade não é uma soma de cidadãos, é um grupo de pessoas que inter-age para o bem comum!
Hoje, o professor alimenta-se da sua competência; deixa-se conduzir pelos caminhos e artes da cultura; é cidadão do futuro… porque é a ele que todos confiam o zelo pelo património maior da humanidade, o universo dos saberes!
Por isso, ser professor é arte maior! Talvez também por isso, tão esquecida!
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