Com saída ou nem por isso
Estamos todos, literalmente todos, a começar pelos que mais têm – pois, quem mais tem mais será pedido! Quem mais tem mais pode perder! – à procura de remediar o problema do petróleo, dos alimentos e do ambiente! Por todo o lado, aqui também, os comentários são indicadores do fim de uma era, provavelmente da era do petróleo e energias fósseis, bem o sabemos.
Coisa pouca, afinal! É só arranjar alternativa!
Os projectos, os novos e os de reconversão, pautam-se pela necessidade de suprimir o supérfluo e aproveitar tudo o que permitirá não estragar! Ora, aprende-se (aprendia-se) desde tenra idade que, para não estragar, o melhor é não mexer! Um axioma, uma máxima fantástica! Sempre que se mexe… estraga-se?!
Em suma, poder-se-á considerar como certo que o nosso futuro resume-se ao que não ensinamos (presente, hoje) ou deixou de ser ensinado (no que foi presente não há muito tempo!). Porém, a questão permanece em aberto. Nem foi sempre assim?
Parece óbvio que não foi sempre assim!
Mexeu-se em tudo, ao longo deste tempo que medeia entre os nossos dias e a eclosão das revoluções industrial e das luzes. Nos recursos materiais, passou-se à esfera do público o que era privado, individual, pessoal, intrínseco. Por sua vez, nos recursos humanos, nota-se a preocupação de, na educação elementar, primeiro estádio de referência e acção, passar (continua-se a insistir), em fazer transitar do público para o individual (ao sabor do humor de cada um, do ego, do prazer) o que deveria ser preocupação de todos! Poderá um cego guiar outro cego?!
Na verdade, o futuro ameaçado e as crises espalhados nas parangonas e nos rostos de cada um, não são mais que o reflexo, o espelho da educação que não se dá! Essa que começa em casa!
Em que casa?! - poder-se-á perguntar
Cidadãos de uma cidade (anónima, individualista, consumista, recreativa, diversa, plural, supostamente autónoma) global já não sabemos onde moramos e, pior, dificilmente descobriremos o caminho para casa! Pouco adianta perguntar ao vizinho do lado; porque ou não está interessado em ser perturbado, ou desconfia da pergunta e de quem a faz (todos têm GPS), ou não tem mais nenhuma referência (cruzamento, passeio, sinal) para além das teclas do telemóvel.
Perdidos… qual o caminho de saída?
Voltar a casa e à aprendizagem elementar, uma nova oportunidade… formativa!
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