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segunda-feira, 16 de junho de 2008

PL, in "Correio do Vouga" - 2008.06.18

A liderança


O euro domina as atenções e dá matéria para muita reflexão, inclusive para preocupação! Há algo neste país que nos torna diferentes de muitos outros. Desde logo, um profundo pavor à postura, consolidada em atitude concentrada, perante as interpelações da vida, ao rigor, à exigência! Há entre nós esse “fado corrido”, assumido em adágios populares, “devagar se vai ao longe”, “cada cabeça sua sentença”, “perdido por cem, perdido por mil”, etc. Mas também sabemos, sem escamotear, que todos estes têm o seu contraditório!

E nestes dias, há um outro provérbio que faz história “a cavalo dado não se olha o dente” – veja-se o caso do seleccionador nacional!? – “os meninos” estão concentrados no Euro… uns vão a Barcelona (ou outro sítio qualquer!), o seleccionador assina por outra entidade patronal,… todos concentrados no “cavalo dado”!

Mas num país a sério estas matérias não são tratadas pelos dirigentes, por quem tem a obrigação de representar os organismos!? Onde está Gilberto Madaíl!? As instituições devem ser respeitadas por quem e em quem as representa!

Assim, como abordámos há três semanas, cá estamos órfãos de “D. Sebastião” (Luís Filipe Scolari)! Tudo estaria resolvido se não houvesse quem queira e fomente um dirigismo fantoche (manipulado por dentro) ou marioneta (manipulado por pequenos fios a partir do exterior), uns “faz de conta”, quem tem medo de dar a cara e quem queira dar a cara sem ter esse direito!

Até já nem interessa ganhar à Suíça, num jogo a sério mas com o resultado sem consequências! Disparate contundente!

Traumatizados (politica e socialmente) pelas lideranças fortes, efeitos da presença de D. Afonso Henriques em nós; pelo absolutismo (moderado!?) monárquico; pela ditadura de quarenta anos (que não se consegue expurgar!);… o país não consegue guindar-se para futuro assumindo o passado como ele é (sim, como é! O passado não deve ser entendido como “foi”!).

E ainda neste estranho hábito português, neste despesismo ou compromissos sem responsabilização, chegamos da Suíça até às questões mais próximas de nós:
- a venda judicial do pavilhão gimnodesportivo do Centro Desportivo de São Bernardo para fazer face ao pagamento de dívidas;
- o Beira Mar está com o corpos directivos indefinidos e é notícia por dívidas;
- o Estádio Municipal de Aveiro… a desmoronar-se!

Vamos cantando e rindo…em português suave!

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