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terça-feira, 13 de maio de 2008

PL, in "Correio do Vouga" - 2008.05.14

Profissões com futuro

“O que queres ser quando fores grande” já não se usa, caiu em desuso!

Agora, o que vale mesmo, é a democracia imposta: “quando fores grande vais ser…” e elencam-se as várias hipóteses com futuro.

Político, futebolista, , médico, advogado, engenheiro,… e, em princípio, fecham-se as oportunidades vocacionais. Para quê ir mais longe se já nem destas se pode esperar muito?!

Se, quanto às três últimas apresentadas, a situação é complexa porque exigem rigor metodológico, capacidade de trabalho e aptidões, no caso das duas primeiras parece, pelos debates e paradigmas recentemente apresentados pelos membros das referidas áreas profissionais, que não é bem assim.

Político?! É uma profissão com pouco risco e, pelos vistos, responsabilidade. Depois do apelo no “25 de Abril”, só mesmo, a ser totalmente fundamentada a notícia do “Correio da Manhã”, o que se passa na Assembleia da República, em matéria de assiduidade para dar mais um impulso na carreira como profissão com futuro. O matutino refere que há uma percepção pública, uma ideia que não é real e que é preciso combater. A ideia de ausência tem de ser combatida com a presença, terá alertado o líder parlamentar socialista, que na semana passada apelou aos deputados do PS, durante uma reunião do grupo parlamentar, para uma "participação mais activa". O recado ficou assim entregue: a partir de agora não são permitidas mais faltas às sessões plenárias.

Isto um dia após o debate parlamentar sobre a Lei de Segurança Interna, onde chegaram a estar apenas 25 deputados socialistas no plenário. Mesmo assim, o grupo parlamentar mais ausente é o do PSD. E na sessão solene da comemoração do 25 de Abril foi notório um vazio geral nas bancadas da Assembleia da República. Mas um dos episódios que mais polémica geraram em torno do Parlamento aconteceu em 2006, quando as votações tiveram de ser adiadas por falta de quórum: cerca de 120 deputados faltaram na véspera do início das férias da Páscoa.

Resta também a de futebolista, e futebolista não é quem quer! É futebolista quem tem “padrinhos”, quem, perdido para muito na vida, vai progredindo sob o jugo das teias, das artimanhas. E, como é uma profissão com vários riscos físicos, até aí tem de haver alguma fortuna! – o debate de segunda-feira passada, na RTP, foi elucidativo, se ainda fosse necessário.

Em tempo de crise de emprego, crise social, crise económico, o futuro mais promissor e menos exigente estará onde?

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