Seres mãe
Estamos no início de Maio, tradicionalmente entre nós, mês da Mãe, das mães, da origem, do desabrir, gerar, gestar, criar nova vida!
Um dos grandes mistérios da existência estará na dualidade redundante da concepção! Por um lado qual o momento original, por outro lado “o que se entende por”, o conceito!
As teses existencialistas, criacionistas, gestacionistas, evolucionistas têm sempre em comum, no debate, o princípio de tudo, o momento da concepção!
Ser Mãe é ser primeiro, é ser maior, é ser antes de tudo. É ter capacidade de ser mais, independentemente dos pais! Porque não o é só quem o deseja ou não, é-o sobretudo quem ama de coração! E quando alguém o quer ser, mesmo sem o querer, já o é porque é capaz de vir a ser!
Este Maio obriga-nos já, parafraseando Daniel Sampaio, a inventar outras (formas) de ser mãe, outras existências (seres) e formas maternais!
E a sociedade contemporânea exponenciou o plural: são necessários outros contributos maternais - obviamente, mesmo com todas as circunstâncias, tem que se estender a reflexão também ao caso Thomas Beatie (um transexual varão, casado, dará à luz uma menina no Verão depois de várias tentativas para engravidar e após ter sido rejeitado pela sociedade e a sua família – as circunstâncias!).
É mais que provável ser preciso voltar às origens, a Eva (na significação simples de a que dá a vida ou tem vida), e retirar vida da terra (Adão).
Centrando em “mãe” o momento materno, o princípio da existência, ou volvemos o nosso olhar para Eva ou pereceremos no novo dilúvio, o da fome – como este início de Maio nos sugere com a escalada do custo dos bens essenciais para gerar, gestar, criar,… viver!
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