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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

PL, in "Correio do Vouga" - 2008.02.13

A outra margem

Há muitas novidades na matéria!

Num país como o nosso, marginal, isto é, do lado de fora do centro de decisão – até geográfica – não faltam caudais de informação, de determinação, de esvaziamento de ideias, de projectos, etc. que chegam até às nossas praias, sejam elas quais forem!

Serve este intróito, um tanto ou quanto radicado em metáforas e comparações, para representar a nossa forma de estar na vida, nas coisas que a vida proporciona. Somos um povo com muitas margens e com muitas marginalidades! Rui Veloso imortalizou as do Douro, através da canção. Porém há muitas outras margens que são, noutras artes e noutras paragens, imortais nas suas formas e dimensões – a televisão apresenta esta semana uma dessas pessoas que, na sua latitude, é imortal a juntar, pela força braçal, as duas margens!

Também a televisão traz à saciedade os recantos da “Geração de Scolari” que, por acaso, acaba por ser a geração de Queirós e de Mourinho (esses sim!) foram os obreiros desta geração que Scolari tem reunido para dar expressão (futebolística) a Portugal! A reportagem une, até pela oração num balneário, um país atrás de uma bola e de onze rapazes!

Por tudo isto e por tudo o que isto não diz, estamos (Portugal no seu todo) a unir, a unir as margens que separam um território (mental e físico) tão estreito e tão diverso!

E sem querer, constatamos pelos exemplos apontados, que precisamos de mais alguma coisa (chamemos-lhe “LNEC”) para dar um salto qualitativo: na música (ainda é também Fado, veja-se o Prémio atribuído ao filme “Fado”, com Carlos do Carmo), na vontade e trabalho dedicado (da travessia a braços); na alma que o transcendente suscita e requer; na visão de futuro (o LNEC! – um centro de capacidades científicas, em síntese), na aplicação racional da massa crítica e capacidades de projectar e definir com profundidade os desempenhos de todo um país!

O que se tem passado em vários sectores da actividade nacional e local obrigar-nos-á a pensar com a alma?! Beira Mar, TGV, novo aeroporto, pontes sobre o Tejo, assaltos, “apito dourado”, estado da Educação, Mundial de Futebol em parceira com a Espanha; corrupção na voz do Bastonário da Ordem dos Advogados;… Precisamos da razão em tudo! Dêem-nos oportunidade de o gerir com alma!

É possível?!

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