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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

PL, in "Correio do Vouga" - 2008.01.23

A mudança

Acaba de sair – em bom ritmo, acrescente-se – legislação que mudará nos próximos tempos o quadro de referência no desenvolvimento do país (dos países, como temos feito aqui alusão de acordo com os relatórios das Nações Unidas): a educação!

Aparentemente, esta matéria parece um pouco deslocada do contexto, afinal algo que vem sendo comum. Mas não é tanto assim.

O país necessita com urgência de quem olhe por ele e não apenas para ele ou, na maioria das situações, viver à custa dele. E coloca-se a questão algo complexa, o que é um país? O que faz um país?

Circula na internet um ensaio sobre Portugal, atribuído a Eduardo Prado Coelho, mas também existe o mesmo texto, supostamente da autoria de João Ubaldo Ribeiro, a retratar o Brasil. A dúvida surge. Não tendo visto o artigo no jornal Público, como é indicado, pode ser plágio ou oportunismo para credibilizar. Porém, vale a pena acompanhar a reflexão feita “é muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...

Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.

Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro que o encontrarei quando me olhar ao espelho. Aí está. Não preciso procurá-lo noutro lado.”

A mudança a operar começa na educação. Sim, na educação, o que não é sinónimo de apenas a escola!

Exija-se melhor rigor no sistema educativo; exija-se qualidade no ensino; exija-se o primado do mérito e da excelência; exija-se exame de acesso à carreira docente (bom, no mínimo)!...

Estamos certos que o caminho é este!

Se um professor, por exemplo, tem de possuir habilitação condizente com a responsabilidade da profissão (o que já acontece com outras carreiras, médicos, advogados,…) imagine o que acontecerá com responsabilidades maiores!? Assim, deixando de haver educadores sem habilitação altamente qualificada, também não teremos governantes (de topo, de base, intermédios) sem qualificação!

A mudança tem de ser para todos! O país agradece, isto é, nós todos agradecemos!

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