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domingo, 9 de dezembro de 2007

PL, in "Correio do Vouga" - 07.12.12

De Cabo aos Urais

Apresentamos uma rota para uma grande prova! Concretizar uma maratona, um rali, um raid,… qualquer coisa que desse expressão à dificuldade que existe em unir estas duas áreas geográficas (da ponta Sul de África, à referência virtual que delimita a Europa e a Ásia) tem tantas hipóteses de resultar como “passar um camelo pelo fundo de uma agulha”!
As probabilidades de sucesso são praticamente as mesmas, salvo o louvável esforço dos políticos europeus (sobretudo os portugueses com responsabilidade de liderança na Europa), que as da parceria para o futuro que a Cimeira de Lisboa declarou.
Só os “portugueses” é que poderiam colocar na agenda uma Cimeira destas!
Nós temos qualquer coisa de especial, um recalcamento porventura, quando se trata de procurar os que pensamos ser como nós, apenas porque lhe impusemos a língua (mãe da comunicação e matiz cultural)! Foi agora com África, como há uns meses com o Brasil. O mundo todo, os nossos parceiros europeus, olha para estas duas realidades como campo de recursos a explorar; Brasil e África vêem a Europa como a potência (ainda um pouco colonizadora) a quem é preciso apresentar a factura em público e negociar parcelarmente em privado; nós sentimo-los como um prolongamento da nossa pequenez, uma extensão para onde nos poderíamos estender, viajar, ficar por lá! É um romântico mistério neste “ser português” mas só nós é que o sabemos fazer! Este jeito de chegar e criar laços, fazer do distante próximo está no sangue de cada um!
E no final, nesta como em todas as cimeiras do mundo, dada a mole de assuntos demasiado privados, individuais, sui generis (conforme o sub solo: ouro, diamantes, petróleo,…e as correspondentes capacidades para investir nessas explorações), há um discurso colectivo para dizer: o mundo vai mudar rapidamente (pelo que estamos a desfazer) só que, naquilo que depende de nós fazer, não sabemos quando!

Mesmo assim, é preciso insistir. Portugal fez o seu papel (e bem!).

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns pelo artigo. E é verdade lá conseguimos nós um pedacinho de terra no canto da Europa pôr na actualidade europeia os problemas de África.
:)