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terça-feira, 6 de outubro de 2015

E agora? Tem de ser…

 

Vemos o momento que o país vive sob o prisma da solidariedade, que M Oliveira de Sousaconsideramos de amor ao próximo sem rodeios ou estigmas religiosos, alicerçado nos valores que conduziram muitos a sucumbir na luta pela igualdade, liberdade, fraternidade.

Depois das comemorações do feriado – de latim “feria” - “5 de outubro”, destacamos quanto é importante que a organização (também sistema) democrática se faça ouvir na eloquência dos atos: exercícios de cidadania para o bem comum. Só assim faz sentido a existência de seres pensantes; de outros interessa preservá-los e não é necessário que seja por aglutinação.

Evocando o grupo “Deolinda”, na canção bem sugestiva, “que seja agora”! – também foi mote de uma campanha.

Que seja agora, então, que assomem respostas plurais aos anseios da maioria dos portugueses que votaram.

Respostas aos problemas do país, um Estado Democrático em República, como as que na esfera pública vão emergindo sustentadas em projetos inteligentes e de custos reduzidos:

O “nosso” – por amizade, colaboração e por ser de Aveiro – Prof José Carlos Mota, um dos coordenadores da Plataforma da Bicicleta e Mobilidade Suave, parceria da Universidade de Aveiro (UA) que envolve investigadores, empresas e outras entidades, foi distinguido com o Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” 2015, categoria “Cidadania”. – Já abordado pelo “Correio do Vouga” no último número.

Segundo dados do INE, a sub-região Baixo-Vouga é a região portuguesa onde mais pessoas andam regularmente de bicicleta - o valor é oito vezes superior à média nacional - e o concelho da Murtosa, com 17%, é aquele com mais utilizadores de bicicleta em termos relativos. Face a estes dados e ao crescente interesse e importância da bicicleta na região, a Universidade de Aveiro lançou a Plataforma Tecnológica da Bicicleta e Mobilidade Suave.

A plataforma procura ajudar e apoiar a investigação que tem vindo a ser desenvolvida e tirar partido das experiências e projetos na área. Tem, inicialmente, cerca de 15 a 20 investigadores com a missão de apoiar e criar condições favoráveis para o uso da bicicleta e promover modos de deslocação em mobilidade suave, na região de Aveiro e em Portugal, como forma de estimular a melhoria do ambiente, mobilidade ou mesmo da economia.

Salientamos também o Projeto “Re-food”. Um movimento comunitário independente, 100% voluntário, conduzido por cidadãos e integrado numa IPSS, cujo fim consiste na recuperação de comida em boas condições para alimentar pessoas necessitadas. A Re-food está totalmente voltada para a comunidade e opera a partir da própria comunidade, sem salários, com custos baixos e alta produtividade, não detendo bens ou investimentos que não sirvam a sua missão.

Tem por missão eliminar o desperdício alimentar e acabar com a fome, incluindo neste esforço todos os membros da comunidade.

Todos têm a comida que precisam, todos os alimentos são aproveitados, todos os cidadãos participam ativamente na gestão dos preciosos recursos comunitários e todos assumem o seu poder, o seu direito e a sua obrigação de transformar o mundo num lugar melhor.

“Tem de acontecer, porque tem de ser, e o que tem de ser tem muita força. E sei que vai ser, porque tem de ser. Se é pra acontecer, pois que seja agora.”

(Correio do Vouga, 2015.10.07)

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