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terça-feira, 30 de junho de 2015

O tempo da esperança

M. Oliveira de Sousa  |  Justiça e Paz - Aveiro

Vivemos cada dia com a convicção de que amanhã há uma nova manhã; uma madrugada de esperança. Cantamos em silêncio, envolvidos na rotina, que o caminho feito é garantia para o que falta percorrer. Quem pode abonar o decurso da natureza?!
Ser mais em cada dia porque basta um homem bom para haver esperança!
As pessoas parecem já não acreditar num futuro feliz nem confiam cega­mente num amanhã melhor a partir das condi­ções atuais.
Troca-se o momento pelo sonho! 
A humanidade, mesmo na mais pequenina beleza, sonho e anseio, muda profunda­mente, e o avolumar-se de constantes novida­des consagra uma fugacidade que nos arrasta à superfície numa única direção. Torna-se difícil parar para recuperarmos a profundidade da vida: nós! A alteridade interpelante.
O urgente desafio de proteger a nossa casa é a preocupação de unir em busca do que sabemos poder mudar. Porque o tempo que dedicamos à nossa flor é que a torna tão bela - diz o Principezinho!
Quando assaltados por dúvidas e desorientações, desvele-se que é ao entardecer, quando passou a fugacidade da luminosidade - não confundível com a intensidade da luz - que vemos se valeu a pena o dia percorrido! Tal só é equacionável se a intensão dos momentos não se sobrepõe à totalidade do tempo.
Caminhemos cantando; que as nos­sas lutas e a nossa preocupação por este tempo não nos tirem a alegria da esperança!

 (Inspirado na Laudato Si e outras oportunidades)

(Correio do Vouga, Julho 2015)

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