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EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Prudência, justiça e idoneidade

 

As coisas novas implicam prudentes capacidades visionárias de justiça e idoneidade! Fazem parte da matriz fundacional da nossa cultura e da nossa existência como Povo. Mas estas particularidades, que são princípios universais, só existem se praticadas, exercidas!

A sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das sociedades e as tem numa agitação febril, devia, tarde ou cedo, passar das regiões da política para a esfera vizinha da economia social. Efetivamente, os progressos incessantes da indústria, os novos caminhos em que entraram as artes, a alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência da riqueza nas mãos dum pequeno número ao lado da indigência da multidão, a opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em resultado final um temível conflito.

Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo. Esta situação preocupa e põe ao mesmo tempo em exercício o génio dos doutos, a prudência dos sábios, as deliberações das reuniões populares, a perspicácia dos legisladores e os conselhos dos governantes, e não há, presentemente, outra causa que impressione com tanta veemência o espírito humano.

Completaram-se, no dia 15 de maio, 124 anos desde que Leão XIII publicou, na Rerum Novarum (número 1), este pórtico atualíssimo! Tudo o resto, o conteúdo, sofreu alguma erosão à custa de muitos erros que a história terá ensinado. O que era um forte sinal para leitura do tempo que se aproximava veio a consumar-se com muita irresponsabilidade.

Um pouco mais recuado, há 836, passarão dia 23 de maio, um outro Papa, Alexandre III, reconhecia D. Afonso Henriques como Rei! A (bula) Manisfestis probatum, em 1179, abriu as fundações de Portugal!

Atendendo às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a proteção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste!

É um bem poder ser senhor do nosso próprio projeto! A empresa humana, o que cada pessoa pretende hoje para o futuro não é possível concebe-lo sem lembrar estas etapas da vida!

Esta semana vivemos intensamente as duas realidades. Duas realidades que se fundem e projetam, que se implicam reciprocamente!

Lutar por mudar as coisas, transformar em oportunidades as vicissitudes: eis, enfim, o que temos pela frente!

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