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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O valor do tempo

 

Num tempo apressado e sem tempo para nada é frequente aparecerem sugestões, cada vez mais apelativas, para valorizar o tempo. Claro que estão implícitas as ideias de repouso, de dar a cada momento o que é necessário para a sua resolução, sem desgastar o humano; e depreende-se que, dadas as voracidade e velocidade para a realização do que é mais importante, é igualmente expressivo não desperdiçar energias com o irrisório, com o volátil ou, simplesmente, com o que um outro nível de responsabilidade pode resolver. O nosso tempo é o mais importante de todos os outros: em relação ao passado porque somos herdeiros e administrados; no presente porque é preciso dar a resposta agora sem destruir o que ainda existe; porque o futuro só existirá se não consumirmos nem nos esgotarmos no presente.

É com este cenário, e preocupação, que vemos os sinais dos tempos que a nossa comunidade, a sociedade, recria, pasma, anula, antagoniza, renova, implode, garante, multipartidariza, concorda e discorda: somos assim!

O que era certa passou a incerto (trabalho, vencimento, nascer, crescer, discernir,… ser protagonista. E na hora da partida, estar em paz)! Há realidades que se confundiam com valor (social, pessoal, empresarial) que passaram a ser algo estranho, bafiento, “démodé”: “Família”, por exemplo, parece ser um neologismo?! O ritmo de abuso à célula base da sociedade, as suas composições e reestruturação, como em qualquer corpo, estando a célula elementar a ser desestruturada, o tempo é de convulsão! Até na hora do Orçamento de Estado, num dos países com mais acentuada tendência de envelhecimento, de inverno demográfico, os solteiros e sem filhos constatam que os seus encargos fiscais serão menos abrasivos!

Poucos dias passados sobre a “Quinta-feira Negra”, 28 de outubro de 1929, em que de um dia para o outro, o mundo caiu em depressão porque, como vamos acompanhando, perante os valores do tempo, o que era certo ruiu, o incerto dominou o mundo. Na quinta-feira, dia 24 de outubro de 1929, aconteceu o inevitável, foi o “crash” do mercado de ações mais devastador na história dos Estados Unidos, levando em consideração a extensão e a duração das suas consequências, marcou o início de 12 anos da Grande Depressão, que afetou todos os países ocidentais industrializados.

O valor das coisas sucumbiu à perda de valores! Até já nem interessa bem a fundamentação de cada um dos elementares princípios para organizar o grupo, a espécie! O que importa é que cada tempo tenha valores!

Educar custa muito. O ser humano não aprende à primeira!

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