Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 4 de março de 2014

Crimeia

 
O traço comum (mais comum!) deste apontamento, desta nota semanal, tem sido baseado na atenção às situações de conflito ou geradoras de conflito. É verdade que há outros aspetos que consideramos mas, com maior frequência, olhamos para o mundo, para as  situações, os cenários, as ideias, as ações e protagonistas que podem ajudar, ou têm obrigação de ajudar, decidir sobre esta "casa comum", esta Terra que é a nossa casa, para que seja um pouco melhor para todos.
É preciso equidade, paz social, igualdade de oportunidades, solidariedade, e, superlativando, acima de tudo, vontade e determinação para atingir esta utopia: vivermos bem onde quer que estejamos com a diversidade que faz de todos a humanidade! Não deixa de ser verdade que esta reflexão é mais intencional do que real mas, recorrendo a metáfora, não podemos ficar calados, temos de agir; não podendo ir para a "frente", reforce-se a retaguarda. A melhor defesa é o ataque!? Então, até para defender o que há de melhor na humanidade é preciso atacar "se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito." - citando Luther King.
Os últimos temos na Ucrânia são conturbados! As tensões atingiram todos, quem esteve na Praça da Independência e quem esta pelo mundo a acompanhar, como filme, cenas de há cem anos - a evocação simbólica do ano em que começou a I grande Guerra.
A fronteira, aquele confim de mundos - significado de Ukraina  - pode abrir novamente imensas caixas de pandora com muitas Matryoshkas: o enclave geopolítico, entre ocidente e leste; a multiculturalidade inicial dos povos, na cultura, na religião, nas precedências seculares; a tensão do mundo entre pobres e ricos, entre oportunidades e oligarquias; o lado pior do ser humano!
A Crimeia é nome de muitas preocupações ao longo da história, de guerra também. Agora estamos - estamos todos- novamente lá, na Crimeia! Fez-se da Crimeia nome de guerra, ainda vamos a tempo de lhe dar um nome de paz?!
Será que o mundo não se farta deste carnaval?!
(in Correio do Vouga, 2014.03.05)





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