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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Revogável (a insensatez e o alarido inócuo) e reprovável

 
O maior lapso da semana esteve no prefixo!
A vida dos portugueses, na última semana, sofreu contornos irrevogáveis! Isto é, com um modelo de exercício de funções públicas, ao mais alto nível na responsabilidade mas de rarefeito elevo na ação, pouco recomendável em qualquer circunstância, até no tratamento das coisas numa “loja de ocasião” (tratar na praça pública os entendimentos e desentendimentos internos), conduziu um povo para o precipício.
E agora, quem paga o equívoco (amuo, brincadeira, folia, jogo, galhofa,…)?
Há funções na vida para as quais não há lugar para o dislate, para o erro, nem para a hesitação. Reveja-se (na televisão) a reportagem desta semana sobre os cuidados dos trabalhadores da manutenção da Ponte 25 de Abril; por exemplo também, a circunstância de ser cirurgião,  anestesista,... médico na sala de operações; o bombeiro na frente de incêndio;… terão hipótese de experimentações superficiais?!
Vemos a bandeira nacional a arder pelos países da América Latina, por causa do ainda por explicar caso “Evo Morales”, Presidente da Bolívia; vemos o país também a arder; e vemos o governo impávido e sereno, fechado em si mesmo; vemos um discurso de quem não se ouve nos corredores do Palácio de Belém,… tudo isto é altamente revogável!
Mas seria nestes momentos que se tornaria importante ser irrevogável: garantir o sucesso dos encargos assumidos; dar oportunidade às pessoas de vencer as limitações; enfrentar os interesses dos mais poderosos para que pudesse ser atendida a igualdade na dignidade; ganhar credibilidade! Viver e fazer viver no essencial: qualidade de vida, felicidade das pessoas e sustentabilidade de meios e nos recursos.
Porém, isto até soa a discurso panegírico!?
Perante tanta convicção, o melhor é adicionar alguma contingência; flexibilizar as hipóteses; não vá dar-se o caso de existir necessidade de mudar de opinião e depois surge uma colossal descredibilização.
Em suma, isto não se faz!
A tensão alastra e, entre os senhores do mundo, aqueles a quem poderíamos chamar “Estadistas” que, na verdade não o são, nenhuma voz silenciosa mas politicamente eficaz se faz ouvir.
São necessárias mais vozes de silêncio! O mundo precisa de quem se entenda com um olhar, com um gesto simbólico. É urgente o discurso simbólico!
(in Correio do Vouga, 2013.07.09)











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