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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A luz e o túnel

A passagem de ano suscita (todos os anos) um conjunto de sentimentos mobilizadores de renovação, uma vontade de iniciar um novo ciclo, o entusiasmo pela vida nova que a cronologia dos dias pode trazer. É interessante conferir tantos votos e devotos de ritos iniciáticos – algo que será próprio à natureza humana!? -, sonho de transformação, provocação de um mundo melhor. Cada “passa” que passa, ao som das badaladas, instiga todas as simbologias e sintomas que reúnam o máximo de garantias de “melhores dias virão”. Entre tudo o que se projeta, saúde e dinheiro ganham a primazia.
A cada 31 de dezembro há uma atmosfera nova onde, no incerto (“só Deus sabe quem cá estará?! – enfatiza-se), há garantia de agravamento das condições de vida daí a umas horas, no preciso momento em que a tecnologia precisa a nova aurora do ano que surge. A partir daquela marca digital tanta coisa é penosamente nova, sobretudo o custo de vida e o custo (mais um ano!) da vida.
Não se estranha, portanto, que 2013 seja o da luz e do túnel – Não acreditamos mesmo nada que seja o da luz ao fundo do túnel. Esse movimento, requererá uma transfiguração completa: novos protagonistas, novas ideias, novas práticas; transparência, a uma velocidade superior à da luz e sem sombras que ofusquem a luminosidade em trilhos obscuros em túneis.
Concordar-se-á que há séculos, mas reportando-nos aos ideais e vivência em República, já estivemos demasiado tempo no túnel, no escuro, sem saber onde está a saída. Ainda mais um ano?! É muito, não há esperança para tanto; já não há videiras para tantas passas!
Esperámos secularmente por essa luz prometida.
À luz, que aumentou no dia 1, com o mercado livre acontecerá o mesmo que aos combustíveis derivados do petróleo: a concorrência permite a liberdade de escolha… entre os produtos sempre mais caros!
De túneis estamos conversados! Há tantos que nem os já começados, como o do Marão, verão, nos próximos tempos, qualquer feixe de luminosidade!
A 2013 pede-se, como sempre, a graça de manter viva a vida e a esperança de que haja capacidade por conseguirmos viver sempre melhor todos juntos.
Por fim, parafraseando Daniel Sampaio, inventem-se novos protagonistas!
(in Correio do Vouga, 2013.01.08)








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