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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Malparado e a esperança desta hora

 
O caso está mal parado – é uma expressão do linguajar comum! E está mas não nos pode vencer.
Em partilha de preocupações sociais, um sacerdote amigo, profundo conhecedor da realidade social e da investigação que se faz nessa área, manifestava a sua apreensão pelo número de empresas que, numa determinada região da nossa diocese, estão à beira da falência. Se o assunto pode não parecer novo, não deixa de ser manifestamente angustiante ficar-se sem saber a quem e como acudir!
Ainda nos mesmos contextos, constatava-se a notícia sobre os milhares de jovens (cem mil por ano,… já estamos em 65 mil, segundo notícias sobre estudos recentes em ciências sociais)!
Mais adiante, ficamos a saber que tudo isto (crédito) está malparado!
A subida verificou-se em várias frentes. No caso das empresas, o malparado aumentou 516 milhões entre julho e agosto para se situar nos 10 645 milhões de euros. Na prática, dos 108 515 milhões emprestados às empresas, 9,8% são de cobrança duvidosa. 
Do lado das famílias, o crédito malparado também subiu para valores nunca vistos e que quase tocam os 5 mil milhões de euros. Entre julho e agosto deste ano aumentou 34 milhões de euros para os inéditos 4 977 milhões de euros. O que significa que 3,7% do crédito concedido em agosto é de cobrança duvidosa. 
A banca também continua a conceder cada vez menos dinheiro às famílias e empresas portuguesas. Se no lado das empresas os empréstimos caíram 844 milhões de euros, para os 108 515 milhões em agosto, do lado das famílias a concessão caiu 536 milhões de euros em agosto para os 136 017 milhões de euros. 
Para terminar, o grito de revolta, de esperança, a mobilização que a Diocese de Aveiro, dentro da celebração dos 75 anos da restauração, apresenta como mobilização contra o pessimismo, o entorpecimento: VIVE ESTA HORA!
No meio da aridez do dia-a-dia, a Igreja recupera o seu legado social e suscita, pela comunhão e partilha de preocupações, serviços, bens, património,… sinais de esperança. Esta hora é mesmo de unir forças, reunir esforços, vencer quem nos querem derrotar, tenha lá o rosto que tiver.
(in Correio do Vouga, 2012.10.24)









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