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terça-feira, 3 de maio de 2011

João Paulo II e a liberdade

 

A UNESCO, a propósito do dia 3 de Maio, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, vem expressando e valorizando o que este dia constitui: ocasião para relembrar ao mundo quão importante é proteger o direito fundamental da pessoa humana que é a liberdade de expressão, direito este inscrito no artigo 19º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa dá-nos oportunidade para reflectirmos sobre os meios de difusão dos valores que respeitam o papel essencial que os media desempenham na promoção de uma paz duradoura, da democracia e do desenvolvimento.

A propósito dos acontecimentos, este, o da liberdade, e o de Roma, no dia 1 de Maio, como os discípulos de Emaús, enquanto fazemos o nosso caminho, estendemos o nosso pensamento mais ao largo. É em João Paulo II que vamos encontrar a inspiração para o contexto inculturalizante, passe o neologismo, que Liberdade, em particular a de Imprensa, também terá como referente.

O homem obteve do seu Criador o dom da liberdade. Tal dom dá-lhe, entre outras possibilidades, a poder de amar a verdade, fonte desse mesma liberdade.

A liberdade tem, todavia, o seu preço. Não significa arbítrio. Não existe liberdade sem vínculos. Ora, uma sociedade – citando Beato João Paulo II (em A Igreja e a verdade) – que reduz a responsabilidade, a lei e a consciência mina os fundamentos da vida humana. E muitos são presa dessa euforia, como se o homem estivesse finalmente em posição de ter o mundo na mão e modelá-lo definitivamente. Com esta orgulhosa atitude, não poucos abandonaram a sua inata concepção do mundo. A liberdade sem responsabilidade, sem vínculos aos valores últimos, torna-se arbítrio, prevaricação.

Neste tempo de troca de correspondência acelerada entre algumas das principais figuras do nosso país; de mensagens e contra-mensagens sobre a (in)segurança no mundo, não podemos ficar inactivamente serenos.

É importante, pelo menos saber ler os sinais dos tempos, ser activo nessa leitura porque só se é livre na verdade.

(in Correio do Vouga, 2011.05.04)

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