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terça-feira, 29 de março de 2011

O gozo e o ridículo

 

Há eleições e eleições!

Há motivos e motivos para haver eleições.

No caso do Sporting, por exemplo, já era penoso ver tudo o que se passava à volta do Conselho Directivo, e de todos os que o artigo 56º e seguintes enquadram, e as tentativas para dar volta ao que andava por ali à volta.

Os outros Órgãos apresentaram demissão. Foram todos para actos eleitorais.

Depois, surgiu uma “mão-cheia” de listas de candidaturas. Por fim, elegeram-se Órgãos. E Alvalade fez juz à condição da sua iconografia e o “reino” do Leão virou uma selva!

E um só homem pagou pelo Povo (todos os eleitos: Mesa da Assembleia Geral, Conselho Directivo, Conselho Fiscal e Disciplinar e Conselho Leonino) para gozo das oposições e ridículo para o exterior.

Por mais dura que possa ser a observação, é oportuno lançar um olhar sobre outras bancadas: o Parlamento.

Um só homem sacrifica o Povo (entenda-se o Governo). Ao apresentar a demissão de Primeiro Ministro, por inerência o Engº José Sócrates liberta todos do gozo das oposições que, com a aprovação da suspensão do modelo de avaliação dos professores (o Decreto Regulamentar nº 2/2010, de 23 de Junho), caíram no ridículo.

É uma cena triste. Depois de milhões de euros gastos – para 150 mil professores são necessárias 50 mil horas (uma hora por cada três professores que é conferida ao Relator) por semana; os Relatores, em média, receberão por cada hora 18€; ou seja, 900 mil euros por semana equivalem a 3600000€/mês; estando a trabalhar neste assunto desde Setembro, são 7 meses, portanto, 25 200 000€ só para Relatores (mas ainda há o Director, os Coordenadores de Departamento, a Comissão de Coordenação da Avaliação de Desempenho, o Conselho Pedagógico, o Júri,…) - depois de muitos milhões de euros gastos, aí está uma parte do ridículo. Agora? Onde estiveram quando os professores andaram na rua a alertar para os problemas do modelo? O que fizeram?

As eleições provocam cada gozo e ridículo?!

Em tempo de “redes sociais” e de crise, valeria a pena convocar, virtualmente, mais uma Manif, não? Fazia-se justiça ao Parlamento (virtual) que temos!

(in Correio do Vouga, 2011.03.31)

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