Somos um país estruturado nas suas fronteiras há mais de oito séculos! Desde aí, mas em particular desde 1640, os portugueses são convocados, pelas vias mais avançadas de comunicação disponíveis , para a época, no mercado, para… fazer pela vida; para ter iniciativa, para ser criativo, empreender! Umas vezes foi sim, outras vezes foi não, muitos “quem sabe?!” Seguiu-se o “vou para África”; depois, “vou é emigrar”.
Mais recentemente, “vamos (plural) a Bruxelas pedir um financiamento”.
(Note-se que este último estádio da nossa história social está intrinsecamente ligado a outras expressões vivenciais sinónimas: o “Estado (Governo Central, Regional, Local) não apoia/subsidia…”! E se não é por esta via, veja-se a quantidade de cursos e habilitações superiores que existem apenas para trabalhar no Estado e do Estado: educação, saúde, justiça, administração, finanças,…).
É algo que, certamente, nos notabiliza pelo mundo fora.
Correndo os riscos das afirmações generalistas, somos capazes de percorrer meio mundo num misto de aventura e procura de melhores condições de vida - sem saber-se muito bem onde uma e outra se distinguem. Depois de chegar, mata-nos a saudade. Se se conseguir um “pé-de-meia” razoável, regressa-se à terra. Caso contrário, fica-se por onde se está com e como os de lá.
Este ciclo terminou.
Começou a época da regressão, curiosamente pelo mesmo itinerário: não há apoio do Estado (nem da União Europeia!),… “vou é emigrar ( o Brasil está com bom aspecto)! “Angola está dar”…
Sinceramente, até pelas manifestações inconsequentes, quando sairmos da letargia da subsidio-dependência e enfrentarmos sem hedonismos (fazer apenas o que dá gozo, viver como os ricos sendo pobres) nem lusitânias paixões (uma coisa entre o fado e o laissez faire - laissez passer), querendo sujar as mãos nos recursos naturais, os de maior potencial de riqueza para este tempo (solos aráveis, sol, mar e aquicultrua, floresta) ou queimar neurónios de forma metódica, laboriosa e consequente (na indústria de ponta em toda a gama de produtos que os mercados procuram)… eis a nossa independência!
Em todas as gerações, há quem faça pela vida e faça crescer Portugal. Estamos a falar de quem estuda, trabalha (não confundir com “ter vencimento”), estagiou sem ordenado, anda a recibo,… ficou sem pais muito cedo ou os pais não tiveram oportunidade de os ter em casa.
Não podemos é viver sob os terríveis: favorecimentos; burocracia; desconfiança/garantismo; pausas de quinze minutos por cada sessenta “no” serviço; febre do fim-de-semana e feriados!
Portugal tem potencial!
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