Em frente, vamos!.

EM FRENTE, VAMOS! Com presença, serenidade e persistência, há boas razões para esperar que isto é um bem...

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vamos grevar!?

 

Poderá ser um neologismo, claro. Mas, depois de um fim-de-semana de embriagante glória, uma glória por coisa pouca! Far-nos-á ser um país maior, mais competitivo, mais eficiente com uma vitória num jogo “amigável” de futebol com a Espanha?! E a cimeira da NATO?! Correu tudo bem… ainda bem! São aquelas coisas que é preferível serem assim mas não alteram nada do que temos de fazer.

Aliás, é muito interessante, nestas coisas que vão acontecendo no mundo e tem a nossa participação, haver entre nós quem duvide das próprias capacidades de estarmos talhados para o melhor, para a excelência! Porque reunimos num “pequeno rectângulo” tudo o que o Criador pode colocar ao dispor das mulheres e dos homens: clima; carácter; criatividade!

Porém, estas características acabam por colidir quando começamos a olhar para o lado sem visão crítica e com algum mesquinhismo, a desconfiança por ter tanta oportunidade num país tão pequeno! Olhamos para o lado ou assobiam-nos do lado, como as sereias na viagem de Vasco da Gama, e ficamos perturbados, sem fazer o que devemos. Nestas coisas deveríamos ver mais longe.

É por este ângulo que se vê, por exemplo, com é tratada uma eventual parte do texto (ainda desconhecido!) do Papa Bento XVI, “Luz do Mundo”, sobre alguns acessórios no relacionamento humano! – é caso para dizer que até chega a ser evidente alguma confusão semântica entre o acessório no acto com o assessório do acto!? Alariado sobre o óbvio?!

E, por fim, num país com as dificuldades financeiras que são expostas ainda há coragem para fazer greve?! Parece que isto não vai com greve, vai com trabalho sério de cima a baixo!

Com tanta gente a dizer que faz tanto – entre esses, por vergonha, também vamos no rol – como foi possível chegar aqui!?

Isto merece, não uma greve, em que mais uma vez quem trabalha fica a perder um dia de vencimento (após o dia de pagamento do ordenado e subsídio de Natal dará a ilusão de um desconto não fazer falta!), mas a invocação da outro artigo da Constituição, o 21º, o direito à resistência!

Quem fica a ganhar com a greve? É necessário fazer mais e, como a cigarra do conto, cantar menos !

(PL, in "Correio do Vouga" - 2010.11.24)

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