África… do Sul!
Falemos de futebol, de emoção, da chegada dos portugueses ao ponto mais à Sul da África. Lá foram, aqueles “almas de Deus”, depois de mais paragens e compromissos comerciais do que minutos de treino na Covilhã!
Recordemos a nossa história na perspectiva de outros “Navegadores”.
Os “eternos” portugueses (imortalizados pelo Poeta):
"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
Na perspectiva dos discursos de jogadores, técnicos e responsáveis pela “Nau” portuguesa (com a ajuda de Camões no discurso de Gama ao Rei de Melinde)
- "Eu sou aquele oculto e grande Cabo,
A quem chamais vós outros Tormentório,
Que nunca a Ptolomeu, Pompónio, Estrabo,
Plínio, e quantos passaram, fui notório.
Aqui toda a Africana costa acabo
Neste meu nunca visto Promontório,
Que para o Pólo Antárctico se estende,
A quem vossa ousadia tanto ofende.
No olhar dos Portugueses, que não são do Restelo, e que acreditam permanentemente mais ao largo, mais longe (mesmo que não saiam de Portugal), inspirados por João de Barros.
«Partidos dali, houveram vista daquele grande e notável cabo, ao qual por causa dos perigos e tormentas em o dobrar lhe puseram o nome de Tormentoso, mas el-rei D. João II lhe chamou cabo da Boa Esperança, por aquilo que prometia para o descobrimento da Índia tão desejada.»
Independentemente do desfecho da viagem, no regresso seremos sempre nós todos, o nosso jeito de ver o mundo (citando Pessoa): “cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez. Senhor, falta cumprir-se Portugal!”
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