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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PL, in "Correio do Vouga" - 2010.02.10

Trabalho braçal qualificado


Por estes dias, afigura-se altamente preocupante o que têm dito sobre o nosso país. E quando falamos de país, entendemos que não é a porção territorial em que nos aconchegamos; país são as pessoas e as instituições que as servem, que nos devem ajudar a viver (de preferência fundamentadamente, etapa a etapa, um pouco mais) felizes!

Vive-se com medo; medo do desconhecido e do que não se conhece. Quem virá aí e o que virá por aí?!

Já desconfiamos de tudo e de todos.

Dá a ideia que ninguém age com sentido de responsabilidade e, quando se acredita que é possível tal facto (que há pessoas com capacidade, seriedade e vontade responsáveis) ao serviço do bem comum, parece papalvo ou anjinho - no mais pejorativo dos sentidos.

E ninguém consegue inverter isto?!

Três situações caricatas.

Portugal está endividado, dizem as instâncias internacionais, nem interessa quais. E não interessa porque para o comprovar basta que cada português veja o que deve… Depois vêm as manobras para enganar o parceiro, quer seja o deve quer seja o haver! Continuamos com uma contabilidade de merceeiro, de tapa buracos?! Aquela ideia do que é público não é de ninguém… temos é de trabalhar!

O Dr Basílio Horta presidente da Agência Portuguesa para o Investimento afirmou, no início da semana, que a tendência que se deseja incutir no investimento em Portugal não é do trabalho braçal, da mão-de-obra barata. O importante é o investimento que desenvolve profissionais qualificados. Muito bem! Não podemos estar mais de acordo. Apenas uma pequena reserva de preocupação. Será que teremos tanta qualificação para tão notável investimento?!

E ainda, em continuação, a terceira caricatura. Os nossos maiores divulgadores de Portugal (a malta do futebol), aqueles que estão um pouco pelo mundo por vias relativamente baratas, são os primeiros a divulgar uma imagem contrária à que defende o Dr Basílio Horta?! Não é que passam o tempo a dizer que nós resolvemos as nossas dificuldades à custa de trabalho braçal?!

Sá Pinto contra Artur Jorge, o seleccionador! Um pouco de todos no Euro 2000, em Inglaterra, após a grande penalidade de Abel Xavier no jogo com a França! João Pinto no Mundial da Coreia-Japão! Scolari contra o jogador da Sérvia, Dragutinovic, em 2008! Pepe, central Luso, num jogo do seu clube (só o Real Madrid) com o Getafe! Sá Pinto contra Liedson (avançado da Selecção Portuguesa presente no Mundial 2010)! Carlos Queirós e Jorge Baptista numa “conversa” de homens, pouco antes do Sorteio do Euro 2012! … e ainda uns operários, por aí nuns túneis de estádios, cheios de trabalhadores em calções, que até pareciam jogadores de futebol!

Os primeiros a ultrapassar a crise (qual crise) seremos nós, os Portugueses. Mãos à obra!

Todos para o Alentejo, Baixo Vouga, Tejo, Mondego,… Minho! Todos estes braçais qualificados, a trabalhar no desenvolvimento sustentável da nossa floresta, horticultura, floricultura, …. E batatais!

Somos mesmo bons é de braço!

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