Festejos e tacho
Vêm na melhor altura! São festas aqui e ali.
O mês de Junho é o aríete. A partir dele entramos no centro da actividade. E que actividade?!
Ainda bem! O Verão, promissor na aparição, ajuda, normalmente, a sair da “crise” anímica que o ar sonolento, do Outono e Inverno, provoca nas pessoas, nas relações, nas opções, na vida!
As festas populares são as mais próximas; e este ano vão muito para além do tradicional e soalheiro Junho.
Até ao dia sete, temos a campanha para as eleições europeias. Depois sucedem-se os dias dedicados aos Santos António, Tiago, João, Pedro. Sempre assim até Dezembro, incluindo já as eleições legislativas.
Incluímos as eleições neste calendário festivo porque estes actos têm de ser, face aos números previstos de abstenção, ainda mais próximos das pessoas.
É importante passar do lavadouro (da roupa suja) para a explicação próxima do que estão em causa.
Parece que ninguém acredita na democracia, nem no exercício do poder “delegado” pelo voto das pessoas.
Quem se candidata passo o tempo de antena a falar do adversário. Quem os ouve acho que são todos iguais, “o que querem é tacho” – concluem os eleitores de forma sistemática.
Assim, é difícil a participação coerente, séria, construtiva. Mesmo os grupos informais de participação cívica funcionam mais como grupos de pressão sobre os poderes; algumas vezes por reacção à falta do “subsidiozito” ou, pela denuncia, falar das causas do que movimentos de elevação e proposta de dinamização da sociedade e das pessoas.
Depois, quando se exercer qualquer responsabilidade pública ou privada sabe-se que não é possível saldar todas as promessas, quanto mais não seja porque há a velha justiça de Salomão, um pouco distorcida: “para dar a uns tenho de dar a outros”! O princípio da equidade é matéria difícil de compreender e, muito menos, de aceitar!
Portanto, se é à volta de mesa que muita vida se resolve… siga a festa, rija (com trauliteiros à direita e à esquerda), como convém, o importante é o tacho!?
Entretanto, é importante valorizar que queira propor alguma dieta! Novas ideias, novos projectos para as pessoas, para o futuro. É preciso acreditar e fazer acreditar que há coisas sérias na vida.
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